sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Contos Twitteranos [3]

 

Contos que, como no Twitter, devem conter

um máximo de 140 toques.

O mais legal é fazer com que fiquem

com exatos 140 toques.

    41) Jiboia [140 toques]
    Um presidente sem estudo. Assinou uma lei e mudou algumas regras. Pobre daquele aluno que aprendeu com dificuldade e agora não entende nada.

    42) Decepção {(140 toques]
    Ela era gamada. Depois da aula ele a levava para casa e acabava batendo longos papos com o irmão dela. É, o interesse era o irmão e não ela.

    43) Virgem [140 toques]
    Guardou-se para a noite de núpcias. Resistira. Agora, enfim sós. De camisola transparente, deita-se na cama com o amado e, cansados, dormem.

    44) Steve Jobs Offline [140 toques]
    Soltou-se a genialidade e a maçã cresceu. Afastou-se e ela quase apodreceu. Voltou e a fruta reviveu. Futuro sombrio com ele offline de vez.

    45) Dois corpos [140 toques]
    Garagem coletiva do prédio. No chão jazem dois corpos inertes. Eram duas vidas. Foram ceifadas na calada da noite. Quem matou as baratinhas?

    46) Felicidade [140 toques]
    homem bradava que pra isso não era preciso dinheiro. Todos poderiam tê-la sem ter nada. Mas do que ele falava? Ora, era da tal felicidade.

    47) Ir ou não ir [140 toques]
    O casamento era às 18h. Eram 17h e ele ainda sem saber se ia ou não. A dúvida persistia, afinal, como explicaria à noiva que não se casaria?

    48) A Pescaria [140 toques]
    Acordou cedo, pegou a tralha e se mandou. Barco na água e anzol lançado. O tempo passa e nada. Esnobara dizendo-se ótimo pescador. PEIXARIA!

    49) O Furão [140 toques]
    Caio, o furão, era o seu xodó. Um dia viajou e, confiante, deixou Caio com o melhor amigo. Na viagem recebe o e-mail: Caio subiu no telhado.

    50) Novo rico [140 toques]
    Ganhou na loteria e sumiu. Ninguém sabia dele. Agora vive como rei, pensavam. Um ano depois volta desiludido. R$ 70 mil não era tanto assim.

    51) Sexo manual >só para maiores< {140 toques]
    Alvoroço geral lá dentro. Começara a função. Os mais afoitos logo se posicionaram à frente. Vai e vem, vai e vem e foram. - O quê? RALO NÃO!

    52) Minha bolinha [140 toques]
    O garoto chora. Perdera a bolinha. Todos a procuraram e não a encontraram. Um dramalhão! Enfim, consolado, enfiou o dedo no nariz fez outra.

    53) Hora da novela [140 toques]
    Ela dorme, roncando, em frente à TV. Ele se aproveita e muda o canal, sem barulho. Não tem saída, ouve incontinênti: - Estou vendo a novela!

    54) Não me separo mais [140 toques]
    Ela o esperava de malas prontas. Não aguentava mais aquela vida. Já não o suportava. Ele entra aos berros: - Querida, ganhamos na mega-sena!

    55) Droga na escola >só para anti-corinthianos< [140 toques]
    Ele usava droga em frente à escola. As crianças viam. As mães quietas. Um senhor notou e gritou revoltado: -Tira essa camisa do Corinthians

    56) No rio [140 toques]
    A tarde entrando e ele nadando no rio. As pessoas julgavam-no um peixe pois há muito estava na água. Ele não sairia. Não até achar o calção.

    57) Platônico [140 toques]
    Amor intenso. Ele, lindão, nem aí pra ela. Ele passava, ela estancava com o coração aos saltos. O elefante nem olhava. Pobre da formiguinha.

    58) Quase tragédia [140 toques]
    O noivo não apareceu. A noiva à porta da igreja chorava e todos o xingavam. Por que fugiu? Não fugiu. Um acidente a caminho o hospitalizara.

    59) Piquenique [140 toques]
    O dia amanheceu lindo. Acordou cedo, teve a ideia e chamou todos para um piquenique. Uma batalha para acordar e convencer a família. Choveu.

    60) A prova [140 toques]
    Prova amanhã. Tinha de estudar. Trancou-se no quarto o dia inteiro. A mãe, tranquila, tinha certeza de que ele iria bem. Maldito vídeo-game.

    sábado, 10 de dezembro de 2011

    Luize & Manu

    Luize e Manu estavam sempre juntas.

    Quem quisesse achar Luize era só encontrar a Manu. Quem quisesse ver a Manu, era só localizar Luize. Era um grude só. Até para dormir estavam juntas, na mesma cama.

    Luize não fazia absolutamente nada sem Manu. Bem, nem tanto, afinal era proibida de levar Manu para a escola, único momento do dia em que não estavam juntas e a cachorrinha ficava lá, em cima da cama, esperando pela dona, ou melhor, amiga.

    Mas, sempre tem um mas... um dia Luize foi dormir em casa de uma amiga e com tantas meninas juntas não poderia levar a Manu.

    No final da tarde de sábado o pai a levou à casa da amiga - até aí claro que a Manu estava junto. Luize a pegou, abraçou-a, deu-lhe um beijo de despedida e a deixou no banco de trás, onde era mais seguro.

    O sábado e o domingo transcorreram alegres para Luize que, mesmo pensando na falta que Manu fazia, divertiu-se bastante com as amiguinhas. Mas já era meio-dia, hora do pai ir buscá-la.

    Lá fora um dia tremendamente ensolarado, um calor enorme que dava para fritar ovos no asfalto.

    Luize já pronta, esperava pelo pai.

    O pai, por sua vez, quase chegando, resolveu pregar uma peça em Luize e parou o carro. Abriu o porta-malas e escondeu Manu ali dentro. Era coisa de três minutos.

    Divertia-se imaginando a cara de Luize quando reparasse que Manu não estava no carro.

    Rindo sozinho não percebeu a aproximação de dois elementos em uma moto que, na mesma hora, renderam-no sob a ameaça de um revólver e levaram o carro.

    Passado o susto inicial, caiu a ficha e veio a preocupação: como dizer à Luize que roubaram o carro com a Manu dentro? E no porta-malas?

    190! Sem pensar duas vezes ligou para a polícia na tentativa de que o carro fosse localizado sem perda de tempo.

    Suando por todos os poros, debaixo do sol forte, não se sabe como, conseguiu esfriar a cabeça o suficiente para lembrar-se de que o carro era munido de GPS e poderia ser localizado.

    Ligou para a seguradora que passou a monitorar o veículo. O carro foi encontrado duas horas depois, abandonado no estacionamento de um shopping na cidade vizinha e debaixo do sol causticante.

    Preocupado com Manu, pediu para que os policiais que chegassem primeiro no veículo verificassem se a cachorrinha ainda estava no porta-malas.

    Por telefone os policiais informaram que havia completo silêncio, nada respondia às pancadas dadas na tampa do porta-malas.

    Imaginando o forno que estava lá dentro e as condições da cachorrinha, forçaram a abertura e se depararam com o que seria a Manu.

    - Senhor, encontramos a cachorrinha de sua filha dentro do porta-malas mas...

    - Ai meu Deus. Que bom, minha filha cairia doente se a tivessem levado. Ela está inteira?

    - Sim senhor, mas...

    - Não meu amigo, não tem nada de mas... Estou chegando aí para recuperar o carro e a Manu.

    Cinco minutos depois lá estava ele, todo contente, dentro do carro com o ar condicionado ligado e, no colo, a cachorrinha Manu - o bichinho de pelúcia preferido de sua filha.

    sábado, 19 de novembro de 2011

    Contos Twitteranos [2]

    Contos Twitteranos

    Contos para o Twitter
    Contos que, como no Twitter, devem conter
    um máximo de 140 toques.
    O mais legal é fazer com que fiquem
    com exatos 140 toques.

    21) Ois e tchaus [140 toques]
    Manhã, ponta da praia, o navio passa. Branco e enorme. Final da tarde, a mesma cena. Aos primeiros é: - Oi! Aos outros é: Tchau, boa viagem.

    22) Domingo [140 toques]
    Domingão chegou e minguou. Passou rápido e anuncia a 2a.-feira. Mais uma semana à nossa frente. Por que ela não passa rápido como o domingo?

    23) O Fã <1> [140 toques]
    Largou tudo sem deixar recado. Pegou caronas e sumiu. Mãe e pai preocupados com o sumiço. Até verem a TV mostrando a plateia no Rock in Rio.

    24) O Fã <2> [140 toques]
    Largou família e trabalho. Desapareceu sem deixar rastro. Só voltou quatro dias depois. Retornou sujo, barbado e com um Rock in Rio tatuado.

    26) Na geladeira [140 toques]
    Ele deixou um último pedaço do doce pra ela. Ela deixou o pedaço pra ele. Ficou esquecido, esperando na geladeira. Quem comeu foi a lixeira.

    27) Travestindo [140 toques]
    De dia, João. De noite, Maria. A noite entra e lá está "ela" ganhando a vida. Passa um e outros e passam os anos. Quer um canivetinho suíço?

    28) A cunhada [140 toques]
    Teria ele se casado com a imã errada? A cunhada era uma coisa de louco. Sonhava acordado. Bom pra ele. Quando percebeu, ela, de AIDS morreu.

    29) Vida dura [140 toques]
    Ele gostava de moleza. Mas a vida era dura. Sofreu até perceber que para ter uma vida mole precisava dar duro. Deitou-se na rede. Era muito.

    30) Envelhecendo [140 toques]
    Mais um ano ela completava. Das espinhas tinha se livrado. Haviam cedido lugar às rugas. Fazer ou não fazer umas plásticas? Oh dúvida cruel!

    31) O pinto (140 toques)
    O pinto não conseguia subir. Solitário, pra baixo. Tentativas vãs. Impossível. Pensava sério: um dia cresço, viro galo e subo nesse poleiro.

    32) A roubada [140 toques]
    O ladrão pulou o muro. A recompensa estava próxima. Era pegar, pular o pequeno muro de volta e sumir. Não viu quatro Rottweiler espreitando.

    33) Disparada [140 toques]
    Pegou o carro e saiu em disparada. Não viu o sinal, não viu o poste, não viu o menino e nem viu o guarda. Sorte que eles também não o viram.

    34) Um tiro? [140 toques]
    Um tiro? Sobressalto geral. Com medo, ninguém quis ir ver. Dia seguinte nada havia na rua e ninguém soube que era só o escapamento da moto.

    35) O livro (140 toques)
    História infinda. Limitada nas folhas, mas solta na imaginação. Cada parágrafo pode causar uma viagem em pensamentos. Como o cinema vencerá?

    36) Olhos [140 toques]
    Na hora de brincar, brincava. Era companheiro. Hora de trabalhar, trabalhava. Era pura confiança. Vacilar não podia, afinal era um cão guia.

    37) Foi-se [140 toques]
    Fechou os olhos. Cerraram-se as cortinas. O silêncio imperou e uma lágrima escorreu. Não mais sorria. Não mais encantava. Era o fim da vida.

    38) A feia [140 toques]
    Espelho não tinha. Tão feia, não olhava o próprio rosto. Só no trabalho se sentia bem - não notavam sua feiura. Trabalhava no Lar dos Cegos.

    39) Insensatez [140 toques]
    Criança. Ela era dona de uma insensatez ingênua. Não media as consequências das palavras. "- Mamãe, esta aqui é a moça que traiu o maridão?"

    40) Atenção [140 toques]
    Rua movimentada. A mãe, de mão dada com a criança, vai atravessar a rua. Ela dá o primeiro passo e pára. A criança não. Sorte! O carro, sim.

    domingo, 6 de novembro de 2011

    O Príncipe Encantado

    O Príncipe Encantado

    Ele era o rei da lagoa. Um belo espécime, um sapão de primeira.

    Todas as sapas suspiravam por ele. Educado, gentil e como coachava bem. Não desafinava nunca.

    Não tinha nada a ver com os outros sapos ao redor, uns sujeitos sem educação, grosseiros e feiosos.

    Os sapos, revoltados com o domínio que aquele cara metido possuía e fazia com que arrebatasse todas as garotas da lagoa, reuniram-se para tentar encontrar uma solução.

    Depois de muita discussão, a conclusão:

    - Ele só pode ser um príncipe encantado! Disse um.

    - É mesmo, respondeu outro. Lembro que ele apareceu do nada, envolto em uma cortina de fumaça. Foi muito estranho.

    - Vamos, então, procurar uma princesa para beijá-lo e assim ele volta a ser príncipe e sai daqui.

    E assim fizeram. Montaram um grupo com os mais corajosos e saíram desbravando o reino à procura da princesa.

    Depois de alguns meses de uma longa jornada, com alguns ficando pelas lagoas do caminho, três sapos mais resolutos encontraram a tão sonhada princesa.

    A jovenzinha estava sentada à beira de um laguinho, sonhando acordada.

    Abordaram-na sem medo e, como só acontece nas fábulas, conseguiram conversar com a jovem e convencê-la a segui-los em direção à lagoa onde estava o príncipe encantado.

    A jovem colocou-os em sua carruagem e partiram em direção à lagoa.

    Lá chegando os três foram correndo chamar o sapão que, como sempre, estava rodeado de belas sapinhas.

    Depois de tanto tempo, a chance de voltar a ser príncipe o animou sobremaneira. Aos saltos foi ao encontro da princesa que o beijou e... zás!

    Ei-lo novamente em sua forma humana. Um belo rapaz, cheio de energia e pronto para voltar a ser o príncipe de antes. Ainda mais agora, junto a uma bela princesa.

    Mas os dias foram passando e a vida não era interessante. Algo o incomodava. Sentia falta de alguma coisa que não sabia o que era.

    Sofreu com isso até que a ficha finalmente caiu.

    Acostumado à vida no brejo, onde era rei, não queria mais ser príncipe.Príncipe 2

    E aquela comida então? Não havia nada mais nojento que aquilo tudo em cima da mesa. Queria as moscas de volta.

    - Maldito beijo desencantador!

    sábado, 22 de outubro de 2011

    Objetivos na vida

    AlvoAcredito piamente que para se vencer, no que quer que seja, principalmente na vida, é preciso ter um objetivo e traçar um caminho forte para alcançá-lo.

    Sempre é tempo de pararmos para pensar e nunca é tarde demais para isso, pois, enquanto houver vida, podemos mudar para melhor, aliando nosso objetivo a uma boa dose de força de vontade e persistência.

    Isso tudo sem radicalizar. Precisamos também entender e aceitar a “arte de engolir sapos”, haja vista que haverá muitos pelo caminho. Pode até, num primeiro instante, parecer contraditório já que, para engolirmos alguns batráquios, teremos de nos desviar do caminho traçado em direção ao objetivo a ser conquistado.

    Nada de contraditório. Cada batráquio deglutido é apenas um desvio, como se uma ponte tivesse caído - você desvia do caminho e volta para a estrada tão logo possível.

    Nem sempre o caminho mais curto é o mais rápido. Temos que ponderar com cuidado, termos noção exata sobre o desvio do caminho a ser seguido. “Engolir sapo” é ter jogo de cintura, isto é, saber ceder sem prejuízo de seu orgulho, honra ou ética.

    Às vezes (ou sempre) vale mais a pena ceder que manter uma linha dura.

    Um detalhe importante também, que devemos considerar na trajetória traçada é contar com pessoas que possam realmente contribuir com o sucesso da, digamos, missão.

    Não para que sejam usadas, mas sim transformadas em parceiras - respeitando-se os limites de cada uma delas - para que alicercem nossa base de sustentação subam conosco e, juntos, conquistemos o objetivo minimizando os riscos de insucesso ou retrocesso.

    Objetivos traçados? Conquiste-os com sapiência.

    terça-feira, 4 de outubro de 2011

    Contos Twitteranos [1]

    Contos Twitteranos

    Contos para o Twitter
    Contos que, como no Twitter, devem conter
    um máximo de 140 toques.
    O mais legal é fazer com que fiquem
    com exatos 140 toques.

    01) Doce ou travessura? (140 toques)
    O menino tenta esconder. A menina olha querendo. O menino acaricia o saco. A menina olha mais. Rapidamente ela puxa o saco e rouba as balas.

    02) Vida bandida (140 toques)
    Com ele era na base do "mato ou morro". Ou corria pro mato ou corria pro morro, mas permanecia vivo. Sabia que o babaca é quem mata ou morre

    03) A vida (139 toques)
    A vida era sem sentido. Mas aí a luz apareceu e ele nasceu. Mamou, cresceu, namorou, casou e percebeu: a vida dele não tinha mesmo sentido.

    04) A Viagem (140 toques)
    O navio zarpava e a moça acenava. O rapaz, ao lado dela, que a tudo assistia querendo que ali estivesse o irmão da moça que em terra ficava.

    05) TV em 3D (140 toques)
    Um filme passava na TV. O marido elogia: a nova TV em 3D era demais - sentia até o cheiro. Não era o filme - na cozinha ela queimara o pavê.

    06) Mundo rural (140 toques)
    O cavalo galopou veloz para cedo chegar. Não via a hora de abraçar a amada. Mas, chegou cedo demais - o folgado do Ricardão ainda estava lá.

    07) Insonia (140 toques)
    A noite chegou e a cama chamou. Dormir não conseguia e o dia não amanhecia. Foi um tormento para ser esquecido. Por que não apagou as luzes?

    08) Pingando (140 toques)
    A água ping pingava. As ping gotas caíam na ping pia. Eu queria ping cochilar e não conseguia. Tortura ping chinesa não a aguento ping mais!

    09) Escotismo (140 toques)
    Alvorada. Tocaram a corneta. O menino combatia o sono. Apertava os olhos para acordar. Havia um lema a obedecer. Como ficar "Sempre Alerta"?

    10) Grito de liberdade (140 toques)
    20 anos de casado e ele chora muito. Se na briga tivesse matado o sogro, e não casado, teria sido preso. Hoje estaria livre. Pegou perpétua!

    11) Rodeio 1 (140 toques)
    1 segundo. 2 segundos. 3 segundos. 4 segundos. 5 segundos. 6 segundos. 7 segundos. 8 segundos. Peão ganhou e touro perdeu. A plateia vibrou.

    12) Rodeio 2 (140 toques)
    1 segundo. 2 segundos. 3 segundos. 4 segundos. 5 segundos. 6 segundos. 7 segundos. Caiu. O Cowboy perdeu e o touro ganhou. A plateia vibrou.

    13) Perdidos (140 toques)
    No escuro, a luz da lanterna iluminava o caminho. Os dois juntos não se perderam indo. De nada adiantou, perderam-se na volta. Faltou pilha.

    14) Um Canto de Liberdade (140 toques)
    Um pássaro canta triste. Outro canta alegre. Um está na gaiola e o outro num galho da árvore. Como pode alguém cantar alegre enquanto preso?

    15) Bruto (140 toques)
    Homem mau. Macho a toda prova. Não se importava com ninguém. Não pedia, mandava. Moleza? Não! Dava é porrada. Chega em casa e: -sim querida?

    16) A Formiga e a Cigarra (140 toques)
    A menina estudava. O menino jogava. Ela lia. Ele corria. Ela aprendia. Ele se perdia. Ela fazia a prova. Ele, ele... ora bolas, colava dela.

    17) Futebol (140 toques)
    Rola a bola. Correm os homens e suam os corpos. As mulheres, à beira da quadra, a tudo assistem. Gol que é bom, nada e a cerveja esquentava.

    18) O começo da vida (140 toques)
    A louca corrida. Milhares e o mesmo objetivo. Um alvo a ser alcançado. Apenas um vencedor. Tudo acaba. Quem perde, morre. Quem vence, nasce.

    19) O jogo (140 toques)
    Noite alta e os amigos ainda jogam. Das esposas não sabem. Julgam-nas em casa. Eles bebem e jogam. E as mulheres há muito na balada. Cornos.

    20) Sinceridade (140 toques)
    A vida dela é uma grande mentira. Finge gostar de todos e não gosta de ninguém. Mente sem ligar para a verdade. Que fim levou a sinceridade?

    quarta-feira, 21 de setembro de 2011

    Metade é melhor que nada?

    DoaçãoHá vários erros médicos nos prontuários deste Brasilzão afora. Meu nome é Henrique (*), faltam apenas alguns dias para eu completar 56 anos e também tenho minha história de erro médico.

    Na verdade não foi um erro médico (não como consta na maioria dos prontuários) mas, na época, pensei que tivesse sido e só percebi o engodo quando era tarde demais.

    Sim, não foi erro, foi falcatrua. Um golpe duro de ser absorvido.

    Bem, vamos ao relato:

    Nos idos finais dos anos 90 do século passado, eu me propus a doar uma parte de meu fígado a um desconhecido.

    Como vocês sabem, o fígado se regenera, ou seja, o pedaço tirado cresce novamente assim como acontece com o rabo da lagartixa ou a patola do siri ou caranguejo e, por isso, podemos doá-lo em vida.

    Pois é. O receptor era um milionário - não pensem que ganhei algo com isso. Negativo. Tenho o firme entendimento de que as boas ações é que fazem deste mundo um lugar melhor para vivermos e as ações deste tipo, com certeza entram nesse rol.

    Bem, chega de divagações e voltemos à minha história.

    Fizeram todos os exames de compatibilidade, o chefe da equipe era um dos maiores cirurgiões do Brasil e dava para notar que não se poupava - os gastos eram faraônicos.

    Tudo certo, fomos os dois para uma área de isolamento em uma preparação final para o transplante.

    Muitas horas de cirurgia e tudo correu bem.

    Voltei para o meu quarto. Eu disse quarto? Aquilo era maior que meu apartamento.

    Minha esposa estranhara o local da incisão, bem no meio do peito mas, como somos leigos, levamos tudo numa boa. Afinal o transplante fora um sucesso e os dois estavam mais que bem e isso era o que importava.

    Voltei para casa e o tempo foi passando... passando.. e algo estranho estava acontecendo.

    Eu gostava de tudo pela metade. Amava menos minha família, a cachorrinha de casa também sentia isso com relação a ela.

    Era algo singular pois, por um lado tinha aquele amor verdadeiro e, por outro, algo mais frio, mecânico.. bem estranho.

    O Palmeiras, meu time do coração, também foi afetado. Gostava dele, mas, como direi... apenas meio gostar.

    É isso, achei a palavra certa. Tudo o que eu gostava, parecia que tinha se transformado em um meio gostar. Eu não entendia.

    Parte eu gostava pra valer e parte era aquela coisa fria, sem graça.

    Procurei uma psicóloga, a Doutora Renata Welson, e ela fez várias análises, fuçou a fundo desde a época do transplante - foi a partir dele que esses sintomas estranhos se manifestaram - e nada achou.

    O tempo ia passando e eu sempre amando pela metade.

    Até o dia em que fui consultar um médico para ver como andavam minhas triglicérides, colesteróis etc... em um dos exames constatou-se a grande verdade.

    Não haviam tirado parte de meu fígado. Eu passei a amar pela metade porque tiraram metade de meu coração e, no lugar desta metade, puseram uma máquina!

    Milionário filho da mãe!
    QUERO DE VOLTAAAA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    (*) Nome verdadeiro, texto fictício.

    sábado, 10 de setembro de 2011

    Maldita impressora

    Impressora
    Edu, aos 12 anos, era um jovem bastante esperto e ansioso por novidades.
    Os trabalhos escolares eram tirados de letra, sempre munido do fiel computador não dava chances para o azar e as notas baixas.
    Mas ele, diferente dos colegas, não era adepto do famoso Ctrl C / Ctrl V. Ah não, com ele era diferente.
    Edu gostava mesmo de ler e fazer os resumos tirando um pouco de cada texto lido, curtia ver o trabalho pronto, imprimido.
    Impressão. Esse era o grande drama de Edu.
    A impressora, definitivamente, não gostava dele e sempre encrencava, comia as folhas, prendia o papel, a tinta vazava. A hora da impressão era a própria lei de Murphy: se tinha de dar errado, dava.
    O rapaz nutria verdadeiro ódio por aquela peste de máquina encrenqueira, que nunca ajudava e, volta e meia, o obrigava a levar os trabalhos para imprimir na Lan House.
    Assim passavam os dias até que Edu deparou-se com o computador de seus sonhos. Uma máquina totalmente wireless com impressora acoplada no próprio corpo do computador. Pelo que viu, até a CPU era pequena, e tudo estava ali, juntinho: teclado, CPU e impressora - compacta e de impressão imediata. Era a solução!
    Era digitar e a impressão já ia saindo de forma automática, sem problemas, sem folhas presas. O texto ia da cabeça para o teclado e, dali, direto para a impressão.
    Que maravilha. A máquina dos sonhos virara, de imediato, o sonho de consumo do jovem Eduardo.
    Sem mais pensar em nada, mandou um torpedo para o pai explicando, como podia, os detalhes daquela maravilha tecnológica. "Pai, você precisa ver. Com certeza é um lançamento novo, ainda não vi nas lojas, mas preciso ter uma dessas. A máquina é maravilhosa!"
    O pai, sempre preocupado em dar ao filho tudo o que necessitasse para incentivá-lo, especialmente nos estudos, logo acessou o Google à procura da máquina maravilhosa que tanto encantara o filhão.
    Procura daqui, procura dali e... nada. BuscaPé; UOL busca: NET Procura; MasterBusca, Bucaajato e outros tantos sites de busca, alguns até completamente desconhecidos e... nada de novo.
    Mandou a secretária às lojas especializadas, consultou amigos, perdeu a manhã toda, sem nada localizar.
    Será tão novo assim? Não podia ser, pois o filhão vira alguém usando.
    Passado algum tempo, desistiu. Precisava falar com o filho, ver onde e como ele vira a máquina, obter mais explicações.
    À noite, ao chegar em casa, foi logo interpelar o Edu:
    - Meu filho, sobre aquele torpedo que me enviou, procurei em tudo quanto foi lugar e não achei nada desse computador compacto. Onde você viu essa máquina?
    - Ah pai, disse Edu. Eu vi na loja do pai do Junior. A moça estava imprimindo o texto na hora em que chegamos. Fiquei com vergonha de pagar um mico e perguntar sobre aquele computador, mas achei demais.
    - Bem, então vou até lá amanhã para ver como é e onde o compraram. Você não se lembra de nenhum detalhe?
    - Bom, eu lembro da marca e do modelo. A marca era Olivetti, o modelo era o ET-1250.
    - Hã?

    terça-feira, 30 de agosto de 2011

    Aos tapas

    BrigaLá estavam Samuel e Maurício atracando-se, aos tapas, empurrões, xingamentos, tentativas de socos e ninguém conseguia separá-los para poder explicar o que havia ocorrido, que era tudo um mal entendido.
    Briga feia, daquelas que nem polícia consegue apartar.
    Mas, qual o por quê dessa briga?
    Bem, para entendermos isso, precisamos conhecer os dois personagens desta história e voltar um pouco no passado. Então, vamos lá.
    Samuel, com seus 16 anos, era um adolescente simpático, sem grandes manias e que gostava muito de ler. Todavia, por um distúrbio de nascença, tinha dificuldades na fala e possuía uma grande falta de coordenação - não conseguia andar direito e pegar algo era complicado.
    Sempre de bom humor, levava a vida na brincadeira e, na prática, somente ficava bravo, e muito, quando alguém o imitava nos trejeitos do andar ou falar. Deixava a educação de lado e cobria o engraçadinho - fosse quem fosse - de tapa, socos, pontapés e o que mais conseguisse. Conversar? Que nada, o tratamento aí era, como ele próprio dizia, "na porrada".
    Maurício, aos 17 anos, era também um simpático adolescente, brincalhão por natureza e, tirando a mania de ler, era um jovem sem vícios. Vivia para a vida, uma vida feliz apesar dos percalços advindos por uma dificuldade motora que lhe impunha um andar desajeitado e uma fala meio esquisita.
    Tirá-lo do sério? Ninguém conseguia a não ser que o imitassem no andar ou na fala, aí achava que estavam fazendo pouco dele e partia logo para a briga, sem explicações, "partia para a ignorância", como fazia questão de afirmar. Este desaforo não levava para casa.
    Mas há um terceiro personagem nesta história, um sujeito brincalhão chamado Destino que, sem perder a oportunidade assim que ela bateu à porta pela primeira vez, fez com que Samuel estivesse saindo do cinema enquanto Maurício lá entrava.
    Um olhou para o outro, o outro olhou para o um e, bem, o resto não é difícil de imaginarmos, afinal, passou o mesmo pensamento em cada uma das cabeças: "- O que pensa aquele moleque metido me imitando em público? Estaria ele pensando que aqui não tem homem?"
    A ignorância aflorou concomitantemente dos dois lados e aí, bem, aí é o começo desta história.
    Mas, com certeza há de termos um final feliz pois, com o caso explicado - isso se um dia pararem com a briga - eles têm tudo para serem bons amigos e darem boa risada desse episódio.

    quarta-feira, 24 de agosto de 2011

    Experiência de Fé

    Amigos,

    Deus é um só, não importa qual religião você tenha, mas, Fé, cada um tem a sua e todas devem ser respeitadas.

    Eu professo a fé messiânica e o texto a seguir é uma experiência que tive e relatei hoje na Oração da Construção no Johrei Center Gonzaga e, agora, deixo registrado aqui no Blog para compartilhá-la com todos.

    Abracei a Igreja Messiânica em 1993 e não abro mais mão dela. Meishu-Sama, seu fundador, ensinou-me a amar a Deus e ser um homem bem melhor e são experiências como essa que me tornam cada vez mais próximo dela.

    Bem, vamos ao que interessa:

    Experiência de Fé

    Meu nome é Carlos Henrique Fontes Freire, sou messiânico há 17 anos e dedico como responsável da Caravana ao Solo Sagrado, além de plantonista aos sábados e locução nos cultos.

    Já tive muitas experiências na Igreja e gostaria de narrar a que mais me marcou.

    Meu pai era um homem que amava e respeitava muito minha mãe e, pelos amigos, era considerado um homem muito gentil, amistoso e brincalhão. Entretanto, no trato com os filhos, ele era muito severo e não admitia brincadeiras. Era o senhor supremo que deveria ser obedecido de pronto em tudo que ordenasse.

    Não havia amizade em nosso relacionamento e, conseqüentemente, não havia respeito. Havia sim um sentimento de medo pela pessoa dele. Quando ele chamava, lá ia eu, já tremendo e temendo pelo que iria acontecer. As surras eram bravas.

    Isso tudo gerou um sentimento muito ruim e o contato com ele era cada vez mais difícil. Quando pequeno, havia o medo e, quando cresci, o medo foi embora, ficando apenas uma grande mágoa. Em determinada época, fiquei mais de três anos sem conversar com ele, embora tivéssemos um contato diário.

    Mesmo meu pai tendo passado para o plano espiritual em dezembro de 1993, continuei carregando comigo esse sentimento, até o dia em que compreendi, por intermédio dos ensinamentos de Meishu-Sama, que era preciso entender as razões de meu pai, o modo pelo qual foi criado e outras situações, enfim aceitá-lo tal como era.

    Acabei dando um giro de 180° em meus sentimentos e, o mais importante, sem precisar perdoá-lo, pois compreendi que não havia nada a perdoar, até porque, caso o perdoasse, estaria admitindo uma certa culpa dele o que, definitivamente, não era o caso.

    Com o passar do tempo, incluí-o em minhas orações diárias e fui fortalecendo o elo com seu espírito, a ponto de obtermos a permissão de, em um momento difícil, estarmos juntos, como a seguir vou relatar.

    Certa vez, vamos dizer que "sonhei" que estava no plano espiritual e estive na presença dele. O lugar era para lá de horrível, parecia-se com um mangue e meu pai estava sentado em um toco de árvore, só de calção, muito magro e sem as marcas das cirurgias que havia feito. Ele, que não era de falar palavrões, olhou-me e proferiu duas palavras “TÔ FUDI...”. Levantou-se e entrou em uma espécie de lago, com águas muito sujas e sentou-se no fundo, onde havia outras “pessoas” já sentadas.

    Pela manhã, conversando com minha mulher, disse-lhe que, embora não entendendo muito o por quê, meu pai havia me pedido, católico que era, dez missas.

    Ligando para Jacareí, sua cidade natal, onde está enterrado e também onde morava minha mãe, falei com minha irmã sobre o ocorrido e perguntei-lhe se elas haviam rezado missas para o meu pai.

    Quando ela me falou que havia somente mandado rezar a missa de sétimo dia, compreendi o que meu pai estava pedindo - ele precisava de uma missa para cada mês de sua morte, estávamos em outubro e fazia dez meses que ele havia falecido.

    Pedi então para que minha irmã providenciasse as dez missas e mais duas, a serem rezadas nos dias 17 de novembro e de dezembro, quando completaria um ano de sua morte.

    Por estar trabalhando em um horário que me impedia de comparecer à Igreja Messiânica, minha mulher fez, durante dez dias, no culto das 18 horas, orações para elevação do espírito de meu pai.

    Continuei com minhas orações diárias na tentativa de fazer com que ele tivesse permissão de sair do nível inferior e péssimo local em que se encontrava e, para surpresa minha, a resposta veio como um grande presente.

    Estava na residência de um senhor adoentado ministrando-lhe Johrei e, ao fechar meus olhos, vi perfeitamente o antebraço e a mão de meu pai no lugar onde deveriam estar o meu antebraço e minha mão.

    Não houve dúvidas. Tive a certeza de que meu pai se elevou espiritualmente e recebeu a permissão de estar servindo a Deus e a Meishu-Sama junto comigo, ministrando aquele Johrei. Isso confirmou o que aprendemos na Prática do Sonen, que servimos junto com nossos antepassados e mostrou também o novo sentimento com que estou servindo a Obra Divina de Meishu-Sama, que está proporcionando elevação espiritual e luz para meus antepassados.

    Foi uma grande emoção presenciar aquela cena, ver a mão de meu pai ministrando comigo aquele Johrei, sendo útil no mundo espiritual.

    Sempre fui meio cético, mas, posso assegurar, e é o que falo para todos os meus amigos: a Igreja Messiânica conquistou-me não só pelos ensinamentos de Meishu-Sama que conheci, mas, principalmente pelas experiências vivenciadas, que são na verdade, tesouros que solidificaram minha fé e norteiam a minha vida.

    E, por tudo isso e muito mais, só tenho a agradecer a todos vocês que formam a comunidade messiânica e, principalmente, a Deus, a Meishu-Sama e meus antepassados.

    Muito obrigado.

    domingo, 24 de julho de 2011

    Passos

    PassosNa disciplina de televisão, na faculdade de jornalismo,o grupo tinha de fazer um vídeo sem diálogo, no qual a música passasse todas as emoções.

    Então, para complicar, optamos por sequer aparecer os rostos e focamos praticamente apenas os pés e, com isso, deixamos as emoções somente por conta das músicas.

    "Paradioando" a velha fala SEM PÉ NEM CABEÇA, fizemos um vídeo com pés e sem cabeça.

    Obra de (ordem alfabética): Camila Freire, Carlos Freire, Dennys Marcel, Felipe Santos e Victor Pajaro.

    Eis o resultado:

    sexta-feira, 15 de julho de 2011

    Barreiras preconcebidas

    Henri BorgsenÉ de Henri Bergson (1859-1941), filósofo francês, a “Filosofia da Intuição”, que diz:

    “Os conceitos formados pela instrução que recebemos pela tradição, pelos costumes etc ocupam o subconsciente humano, formando como se fosse uma barreira e dificilmente o percebemos”.

    Havemos de concordar com ele, haja vista que, na grande maioria das vezes - senão sempre -, nossa cabeça não está totalmente aberta e livre de preconceitos e ideias formadas para analisarmos algo novo, seja lá o que for.

    Fica difícil enxergarmos realmente o que é aquilo novo que se nos apresenta, a sua essência, pois tal barreira cria um obstáculo quando observamos e tentamos analisar as coisas.

    Normalmente as ideias novas não são, “de cara”, bem aceitas. Muitas vezes colocamos empecilhos e sequer as analisamos mais profundamente em virtude justamente dessas tais barreiras preconcebidas que temos formadas dentro de nossas cabeças e impedem uma análise mais fria e racional.

    Tudo aquilo que é analisado de forma prática e racional, surte bem mais efeito e é bem melhor aproveitado. Portanto, devemos, sim, abrir nossas mentes para acatar principalmente as ideias novas e não mais perder grandes oportunidades de uma ótima reciclagem só porque “isto não daria certo”.

    Exemplificando, quantas e quantas vezes já não aconteceu de um subordinado ou encarregado lançar uma ideia para modificar um trabalho que há anos é feito de uma certa forma e tal ideia ser recusada apenas porque aquilo “sempre foi feito daquela maneira”?

    No caso de um jornalista então, como um repórter que deixa as barreiras preconcebidas tomarem conta da situação vai poder analisar e descrever um fato com imparcialidade? Ver o outro lado da moeda e atingir o ponto certo?

    Preponderante e importantíssimo é estar sempre com a mente aberta para ouvir e analisar racionalmente tudo o que estiver à frente. Os frutos colhidos serão bem melhores.

    quinta-feira, 23 de junho de 2011

    Parabéns Santos Futebol Clube

    Não, não me rendi ao time do Santos. Continuo sendo o mesmo Palmeirense de sempre.

    Rendi-me, sim, ao bom futebol praticado nessa quarta-feira pelo Santos, que saiu vencedor na última das batalhas de uma guerra chamada Copa Libertadores.

    Ganso, Neymar e Cia. jogaram um futebol bonito, envolvente e, o mais importante, com garra e vontade de ganhar. Continuo achando que o Muricy é retranqueiro, assim como o Felipe - técnico do Palmeiras - e isso não me agrada, já que o gostoso é assistir a um futebol ofensivo. Para mim, o fato de não tomar gols não é mais importante que fazê-los. Não é Dunga?

    Melhor ver uma partida terminada em 10X9 que um chocho 1X0. Bem, deixemos de divagações e voltemos ao terceiro título santista.

    O Santos ganhou em campo, de um time raçudo. O Peñarol perde na técnica, pois não tem jogadores à altura dos Meninos da Vila e de alguns "senhores" também, mas sempre joga com muita raça e venceu as partidas nas fases finais da Libertadores fora de casa, despachando promessas, times que poderiam vir a ser campeões.

    E, fora de casa contra o Santos, a história poderia repetir-se. Os Meninos da Vila simplesmente não deixaram.

    Méritos para o Adriano - que não deixou Martinuccio, a estrela uruguaia, jogar -; para o Arouca - um grande destaque -; o Ganso - voltando depois de 45 dias sem jogar e mantendo a mesma calma de sempre -; o Neymar - chamado de bebê fenômeno pelos italianos, fez um pouco de teatro nas quedas, mas não se intimidou - e para todo o conjunto. Tenho de destacar o Danilo também - que gol foi aquele? Golaço!

    A parte lamentável fica por conta do Zé Love que continua em uma fase ruim de não fazer gols, pior, perdê-los quando não poderia. Que ele deixe essa má sorte no Brasil ao partir para a Itália.

    A cidade de Santos - e o futebol brasileiro - foram premiados.

    Aqui a cidade estava em ritmo de Copa do Mundo. Cidade enfeitada com bandeiras, Vila Belmiro lotada com o pessoal assistindo ao jogo pelo telão do placar; nos bares, e em quaisquer outros buracos que fossem, nos quais bastava haver uma televisão ligada, lá estavam torcedores reunidos, torcendo, sofrendo, maldizendo e, o mais importante: gritando GOOLLLLLLLL.

    Nem o gol contra de Durval tirou o brilho do time. Aliás, esse gol fez com que o jogo ganhasse vida. Sorte para quem não é santista e não sofria tanto: o Peñarol cresceu em campo.

    Todos os erros e desacertos foram esquecidos. O Santos é TRI! Comemorem torcedores santistas. Vibrem com seu Santos campeão, mas façam-no com hombridade - não é preciso menosprezar os demais (principalmente os corinthianos que nunca tiveram o gostinho de ganhar uma Libertadores.... ôpa, que estou fazendo?) - divirtam-se e aproveitem. Vocês merecem.

    Eu também estou comemorando a vitória do bom futebol.

    Parabéns Rafael; Danilo, Edu Dracena, Durval e Léo (Alex Sandro); Adriano, Arouca, Elano e Paulo Henrique Ganso (Pará); Neymar e Zé Eduardo. Parabéns Muricy.

    Reveja os gols:



    PS.: Há de se identificar aquele imbecil que invadiu o campo, partiu para cima dos jogadores do Peñarol e causou toda a briga depois do jogo. Este tipo de "cidadão" não deve frequentar estádios.

    terça-feira, 7 de junho de 2011

    Eriberto, o aventureiro

    CavernaDepois de um cursinho intensivo de espeleologia, para aprender a conquistar cavernas de maneira segura e compra dos equipamentos corretos, como a super lanterna de led adquirida numa loja virtual, Eriberto julgava-se pronto para a maior aventura de sua vida.

    O preparo físico também fora essencial para aquele grande empreendimento. O audacioso jovem contratou personal trainers específicos para cada área e se envolveu como nunca em exercícios de musculação, aeróbica, natação, corrida, yoga e tudo o mais.

    Tinha de estar preparado e com mente e corpo em perfeito estado.

    Estudou tudo nos mínimos detalhes com os expertos em cavernas, grutas e afins. Até com especialistas em segurança e guerrilhas, apelando para as Forças Armadas o jovem aventureiro se meteu.

    E era preciso, haja vista que o terreno em que pisaria era por demais perigoso e o voo, a aterrissagem e o entrar na caverna só poderiam ocorrer na calada a noite, quando todos estivessem dormindo; assim ele teria mais chances de não ser surpreendido.

    Se fosse surpreendido, a possibilidade de sair ileso era mínima e, assim todo cuidado era pouco.

    Tudo arrumado, despediu-se da noiva, dos pais e levantou voo rumo à uma aventura incerta que, para ele, tinha um significado enorme: provar a todos que aquilo não era uma utopia e sim um sonho perfeitamente realizável se quem se dispusesse a conquistá-lo estivesse plenamente preparado. Eriberto estava.

    Sobrevoou planando o território inimigo e conseguiu descer bem em frente àquela caverna sem que fosse notado. Até ali, tudo bem.

    Tateou no escuro, afinal só poderia acender a lanterna já dentro da caverna, para não chamar a atenção. Apertou os olhos, visualizou a entrada da gruta e partiu sem medo, resoluto a conquistar seu sonho de desbravador.

    Território nunca antes pisado. Uma vegetação totalmente estranha pendia de todos os lados da caverna - se é que aquilo podia ser chamado de vegetação. Algumas pedras pelo caminho, estranhas como a vegetação, pois pareciam pedras mas não eram tão duras assim.

    Tudo aquilo não importava. Eriberto seguia em frente no firme propósito de atingir seu destino.

    De repente um buraco enorme desenhava-se à sua frente. Totalmente preparado que estava, aquilo era algo já esperado e lá foi o jovem, descendo com cuidado até que estancou temeroso.

    Tudo começou a tremer e a caverna parecia ter caído de lado. Muito estranho aquilo mas, quando parou, Eriberto estufou o peito e continuou sua estranha aventura.

    Chegou a uma galeria enorme, de piso macio. Saindo daquele buraco - que continuava seguindo abaixo - entrou naquela galeria que era o seu destino maior.

    Havia conquistado!

    Fincou a bandeira e... e.... "Onde está minha máquina fotográfica"? Gritou desesperado como se alguém pudesse ouvi-lo. Esquecera-se da máquina.

    Impasse. Como Eriberto iria provar, contrariando o velho ditado, que havia sido, via fossa nasal, a primeira mosca a entrar em uma boca fechada!?

    domingo, 29 de maio de 2011

    Tá reclamando do quê?

    Nick

    Reclamar é fácil, tão fácil que mesmo sem perceber, fazemos isso o dia inteiro.

    Mas, temos mesmo de que reclamar?

    É custo de vida alto, políticos corruptos,  CET, dívidas, se chove porque chove, se não chove porque não chove, a perna dói, cansaço e por aí vai.

    Profissionais da reclamação perdem de cara, afinal quanto mais você reclama, mais vai reclamar, ao contrário de que quanto mais você agradece e sorri, mais vai agradecer e sorrir.

    Mas, não vamos dar uma de livro-de-auto-ajuda que este não é o espírito deste Blog, vamos apenas mostrar um bom exemplo para que depois pensemos duas vezes se vamos ou não reclamar.

    Com vocês, o senhor Nicholas James Vujicic, ou simplesmente  Nick Vujicic:

    Aos reclamadores de plantão: não é para ter pena não. É para ter inveja

    sexta-feira, 13 de maio de 2011

    17 anos e ainda emociona

    Ayrton SennaQuando vi o trailer de SENNA no cinema logo pensei: tenho de assistir a este documentário.

    Mas a vida dá algumas voltas que não entendemos, o tempo passou, o documentário também e eu não o vi.

    As voltas continuaram e, nesta semana, o dito cujo caiu em meu colo. Um amigo estava vendendo o DVD e não me permiti deixar que passasse em branco novamente. Comprei!

    Sozinho em casa, lancei mão do disco e, finalmente, comecei a assistir ao documentário, relembrando as artes e artimanhas de Senna durante os anos em que ele dominou as pistas da Fórmula 1 - para desespero dos Balestres e Prosts da vida.

    Abrindo um parêntese:

    Curto Fórmula 1 desde os tempos em que Emerson Fittipaldi abriu as portas desse esporte para o Brasil. Desde quando as primeiras corridas vieram, sem valer para o campeonato, e aconteceram em São Paulo, Porto Alegre (aqui com um detalhe sombrio - a morte de Giovanni Salvati durante a prova) e, se não me engano, outra em Brasília.

    Era o início da década de 1970.

    Desde então, acompanho - com brasileiros vencendo ou não - as corridas. Passei pelos Fittipaldis, Moco (José Carlos Pace), Nelson Piquet, Barrichello e outros que não se deram tão bem, como André Dias Ribeiro ou Ingo Hofmann, mas nenhum deles chegou perto de Ayrton Senna da Silva.

    Senna fez tanta diferença que o autódromo de Silverstone, na Inglaterra, passou a ser chamado de Silvastone pelos próprios ingleses - só porque um jovem endiabrado ganhava tudo por lá... e mais um pouco.

    Fecho o parêntese para voltar ao documentário.

    SENNA é um documentário que se você não assistiu, assista!

    Embora não faça referência a toda a trajetória de Senna, pois é contido apenas na Fórmula 1, mostra o que foi esse brasileiro e a qualidade dele como piloto (pena que era corinthiano, mas ninguém é perfeito).

    Uma frase fica marcante - quando ele se refere às corridas de kart em que diz algo como "lá não havia dinheiro ou política, era só corrida", o que na Fórmula 1 é impensável; o documentário mostra isso e Mônaco é prova incontestável.

    A política atuou forte na corrida em Mônaco, quando um jovem desconhecido de nome Silva estava para vencer no principado - e com um calhambeque de uma equipezinha chamada Tolemann (depois, Benetton ...). Como poderia? Claro, terminaram a corrida antes, "por causa da chuva", e o "grande" Alain Prost ganhou.

    Não sou um chorão cinematográfico. Pelo que me lembro chorei apenas uma vez no cinema - quando assisti à Cor Púrpura, mas, agora, revendo as cenas do acidente e todo o desenrolar, apareceu um nó na garganta e os olhos ficaram marejados. Não, as lágrimas não Sennaescorreram, mas que emocionou, emocionou.

    Neste mês de maio faz 17 anos que ele fez a pole position em sua última corrida. Como, depois de tanto tempo após aquele fatídico 1o de maio de 1994, a emoção ainda aflora? Deve ser o respeito tanto pelo esportista quanto pelo homem que foi.

    Mas insisto na ideia: se você ainda não assistiu a esse documentário, não perca mais tempo.

    quinta-feira, 5 de maio de 2011

    Quem soltou a Bruxa?

    Este não é um Blog esportivo, mas é totalmente eclético e, depois de ontem, como não falar nada a respeito?

    Cara, que quarta-feira foi essa? Realmente uma Miércoles, se é que me entendem... rrsss

    Internacional dançou, Grêmio rodou, Fluminense foi para o escanteio e o Cruzeiro, logo o Cruzeiro que eu achava ia ser campeão desta Libertadores, foi para o espaço.

    O Internacional jogava em casa, preparando-se para uma próxima rodada - para o GRENAL, a maior batalha do Sul. O primeiro jogo foi 1X1 e bastava um empate sem gols ou uma vitória simples por 1X0. O gol logo no primeiro minuto do jogo deu uma grande vantagem ao Internacional, mas e a Bruxa?

    Ela sobrevoou o Beira Rio durante os cinco primeiros minutos do segundo tempo e em cerca de 300 segundos o Inter tomou uma virada que foi até o apito final. 1X2 para o Peñarol e adeus GRENAL. Festa em Santiago - os torcedores do Grêmio ficaram eufóricos.

    Gremista eufórico? Bem, como vimos, não durou muito.

    O Grêmio, tido como imortal, foi o único brasileiro que entrou em desvantagem e precisava brigar de verdade contra o Universidad para chegar ao GRENAL, já que, pensavam, o Internacional passaria pelo Peñarol em Porto Alegre.

    Mas, aos 41 minutos do segundo tempo, Mirosevic fez 1X0 para os chilenos e provou que o Grêmio não é tão imortal assim.

    Pois é, nem um, nem outro e... adeus GRENAL.

    Aí vem o caso do Fluminense. Fica uma pergunta: por que o time não entrou em campo? Será que ao ganhar de 3X1 no Rio acharam mesmo que administrar um 0X0 ou um placar menor seria garantia de conseguir a vaga? Enganou-se quem pensou que o Libertad era "made in Paraguay" e o placar de 3X0 foi a pá de cal no sonho dos tricolores.

    O caso, talvez o mais triste, fica por conta de quem estava com a melhor campanha nesta Libertadores, o Cruzeiro. Tudo ia tão bem que eu tinha a certeza de que os mineiros iriam ser campeões e lutariam contra Barcelona ou Manchester United pelo título mundial.

    Triste fim logo em terras mineiras. O Cruzeiro vencera o primeiro jogo na Colômbia por 1X2 e vencer o Once Caldas em Minas não deveria ser uma tarefa das mais difíceis.

    Mas o que ninguém esperava era a ousadia do Once Caldas em fazer dois gols no Cruzeiro e mandar a constelação para o espaço, ao lado das Três Marias (constelação de Orion).

    Sorte do Santos que jogou na véspera e mesmo num sufoco danado, escapou da saga bruxística da quarta-feira e se classificou - a bruxa ainda não havia sido solta.

    segunda-feira, 2 de maio de 2011

    Amor via internet

    Do alto de sua enorme experiência de vida, já com 16 anos de idade, Toninho não desgrudava do computador.

    Era internet praticamente 24 horas por dia e, principalmente, batendo longos papos nos chats.

    Numa dessas conversas online, ele se deparou com a “Loira Desencanada”.

    Virgem que era, Toninho logo percebeu que com aquele nick ela poderia ser tudo o que ele queria.

    Por que não? Com certeza ela tinha experiência e não era conhecida.

    Assim seus amigos jamais saberiam que ainda era virgem ou que perdera a virgindade daquela maneira e não nas baladas da vida como a maioria deles - se é que o que falavam era mesmo verdade.

    Passou alguns dias trocando mensagens com a moça, que se identificava como jovem, bonita e de olhos claros.

    Com a ideia de um corpo bem feito, a imaginação de Toninho não criava asas, era um foguete indo direto ao cosmo.

    Depois de um certo tempo, e algumas idas ao banheiro curtindo a imaginação, o rapaz começou a criar coragem e mudou o teor da conversa, tentando passar do virtual para o presencial.

    Não é que ela aceitou?

    Mas tinham de tomar todos os cuidados, afinal ele era menor de idade e ela, digamos, mais experiente. Como fazer?

    As ideias borbulhavam na cabeça do virgem. Planos mirabolantes que, obviamente, não dariam certo e misturavam a vontade com o medo. E se falhasse na hora H?

    - NÃO! Nem pensar. Tenho 16 anos, estou em ponto de bala, na minha melhor forma e tudo há de dar certo. Assim pensou Toninho e lá foi ele para mais uma bateria de conversas online com seu amor internético.

    Finalmente concordaram que o melhor seria ele lhe fazer uma visita.

    Para não levantarem suspeitas – e manterem o segredo de quem era quem – o encontro seria no apartamento de uma amiga dela que morava sozinha e o emprestaria para o tempinho de amor do casal.

    Ao chegar, Toninho, por causa de tanta ansiedade, já estava em ponto de bala e mal continha o volume nas calças mas, quando a porta se abriu, broxou na mesma hora e viu seu sonho ir por água abaixo.

    - Tia Beth? A senhora aqui?

    sexta-feira, 22 de abril de 2011

    A Ponte Aérea era outra

    Romantismo? Saudosismo? Sei lá, mas era bem diferente.

    Lá se vai um bom número de anos (décadas seria melhor) quando pela primeira vez me vi sozinho em pleno Aeroporto de Congonhas para pegar um voo da Ponte Aérea com destino ao Rio de Janeiro a fim de fazer um trabalho por lá.

    Lembro-me que, às vésperas do dia D, estava conversando com meu cunhado, Jorge Kiabo, sobre como pegar o avião, aonde ir, etc e tal, visto que o distinto cavalheiro tinha uma larga experiência no assunto e eu era um completo novato. Dicas importantes para não pagar um mico naquele, então, mundo desconhecido.

    Dicas apreendidas, lá fui eu, ansioso por pegar logo o avião e desfrutar de uma rápida refeição a bordo e das paisagens que, com certeza - e se as nuvens deixassem - iriam abrir-se diante daquela pequena janela. Às vezes o voo passa em brancas nuvens - clique aqui e veja um exemplo disso, com o voo que fiz Rio/São Paulo no início de março passado.

    O avião, grande objeto deste texto, era nada mais nada menos que o ELECTRA, o fusca dos ares, um bichão tremendamente confiável que poderia voar sem problemas caso um dos motores falhasse.

    Por sinal, certa vez estava no escritório de meu pai em São Paulo e pude testemunhar isso. Um Electra estava sobrevoando a cidade há algum tempo, com um das hélices completamente parada. Estaria ele gastando combustível para um possível pouso de emergência? Sei lá, mas como eu gostaria de estar no aeroporto para ver aquele pouso bem de perto, testemunhá-lo ao vivo e em cores.

    Os Electras marcaram época na Ponte Aérea Rio-São Paulo e o que era bem legal naqueles voos era a baixa altitude em que aconteciam, possibilitando-nos apreciar os detalhes das cidades, plantações, litoral e tudo o mais que se enquadrava naquelas janelas que até eram maiores que as atuais. Até hoje, sempre que posso, ocupo um lugar junto à janela.

    E daí que davam uma chacoalhadas de vez em quando? Isso não era problema.

    Também não sei se eram mais confortáveis porque as balanças eram mais generosas comigo e não apresentavam um valor tão alto como os de agora, e eu ocupava menos espaço, ou se porque eram mesmo confortáveis. Mas que eram, eram.

    Positivamente é marcante a diferente para os dias de hoje, quando os poderosos jatos voam bem alto, cruzam o espaço em menor tempo e não nos deixam ver detalhes de nada, a não ser na decolagem e na aproximação para a aterrissagem.

    Mas é isso mesmo. O romantismo cedeu seu lugar à praticidade e à rapidez e nós, para ganharmos, acabamos perdendo um pouco.


    Aos saudosistas, eis a matéria do Jornal Nacional, de 24 de dezembro de 1991, acerca do último voo do Electra:


    Jornal Nacional - despedida do Electra depois de 30 anos na Ponte Aérea Rio-São Paulo


    => Se você voou em um desses, deixe aqui um comentário, gostaria de saber se compartilha ou não de minha opinião.