quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Uma manhã no Museu

M A S P

Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand

Hoje, em São Paulo a trabalho, aproveitei uma janela que se abriu entre uma reunião e outra e resolvi fazer uma visita ao MASP.

Não sei por quantas vezes passei em frente a este Museu, aproveitei a sombra do famoso vão livre de mais de 70 metros e nunca, repito, nunca entrei para uma visita.

Hoje ele não me escapou e, parecendo que os céus diziam amém às minhas pretensões, ainda economizei os R$ 15,00 da entrada, pois a Samsung está bancando todas as entradas até o dia 28 de novembro. Entrei "de grátis".

O passeio entre Rembrandt, Picasso, Van Gogh, Renoir, Rodin e outros memoráveis estrangeiros, e também entre brasileiros famosos como o itanhaense Benedicto Calixto ou o ituano José Ferraz de Almeida Júnior, além de - para mim - desconhecidos pintores lá dos séculos XII; XIII; XIV foi algo indescritível.

Não dá para descrever o sentimento pelo qual fui acometido ao apreciar cada quadro, cada escultura, enfim, cada peça daquelas salas de exposição.

Só em uma sala vi quadros dos quais o mais novo é mais velho que o nosso Brasil - logo na entrada uma estátua grega, de mármore, datada do século IV antes de Cristo.

Ver aqueles olhos acompanhando silenciosamente nossos passos é bastante intrigante. Se vamos para a esquerda do quadro, lá estão eles, fixos em nós. Se vamos para a direita, a mesma coisa.

Sem me conter e sem ter com quem dividir aquele momento, contrastando com o cenário e o meio em que estava, lancei mão da tecnologia atual e, via celular, liguei para casa, afinal precisava compartilhar, ao menos um pouco, com as pessoas que mais amo nesta vida - minha mulher e filhas tinham de estar lá comigo.

Com a mais velha ao telefone, até falei que iria parar com a visita para voltar lá com elas. Bronca certa e na hora, do tipo: "de jeito nenhum. Está aí, aproveite e veja tudo - sabe-se lá quando é que a gente vai!"

E lá fui eu, travar uma amizade com os grandes mestres de tempos passados e alguns hodiernos, como Tomie Ohtake que também se faz presente.

O arrependimento de não ter entrado antes foi inexorável, mas, como diz o velho ditado, antes tarde do que nunca. O prazer sobrepujou o arrependimento, que foi para o espaço, e curti o passeio cultural com sei lá qual sentimento. Prazer? Encantamento? Deslumbre? Seja o que for, foi muito bom.

Se você está no mesmo barco que eu estava, fica um conselho: não perca tempo e, principalmente, a próxima oportunidade: Vá ao MASP!

Vou até facilitar:

MASP

Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand

Avenida Paulista, 1578 - São Paulo - SP

Próximo à estação do metrô Trianon-MASP

Telefone (55 - 11) 3251-5644 / Fax (55 - 11) 3284-0574

Ingressos:
Para público em geral: R$15,00 (valor inteiro)

Para estudantes, professores e aposentados com comprovantes: R$7,00 (meia-entrada)

Menores de 10 e maiores de 60 anos não pagam

Terça-feira: entrada gratuita para o público em geral.

Horários:

Segunda-feira: fechado

De terça a domingo: das 11h às 18h (bilheteria aberta até 17h30)

Quinta-feira: das 11h às 20h (bilheteria até 19h30).

sábado, 6 de novembro de 2010

Salão do Automóvel 2010

A postagem de hoje foge aos parâmetros normais, com mais texto e uma ou duas imagens.

Desta vez, quem manda são as imagens. Fotos tiradas durante visita ao Salão do Automóvel, em São Paulo.

Um dia sofrido em que passei muita raiva e foi quando tive a certeza de querer ser pobre um dia na minha vida (ser pobre todos os dias é uma merda).

Fiquem, primeiro, com uma sequência de imagens de algumas máquinas que ainda poderemos ver pelas nossas ruas, mas, ao menos do meu orçamento, estão longe pra car#@%&... caramba.

Em nossas ruas,

mas em outras mãos

Agora, uma sessão de fotos de máquinas que não veremos tão em breve - carros conceitos em que alguns até estão próximos de serem vistos e outros ainda muito longe.

Longe... muito longe

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Vale a pena?

Na maioria das vezes, quando vamos viajar, levamos muito mais do que precisaremos. Imagine-se partindo para uma caminhada longa, você pega a mochila e põe dentro tudo aquilo que supõe ser necessário. Enche-a, sente o peso e pensa consigo... “tudo certo, está leve e eu aguento”.

Realmente, no começo dá para aguentar mas, com o passar do tempo, aquele peso inicial vai se transformando, dando a impressão de estar aumentando. O fardo acaba ficando pesado demais.

Diante da necessidade, se formos espertos, começamos a nos livrar dos acessórios fúteis, daqueles que só fazem peso e ficamos somente com aquilo que realmente vai nos ser útil.

Em nosso viver, também fazemos o mesmo. Guardamos dentro de nós tudo quanto é sentimento e justamente aqueles que mais pesam são os negativos. Raiva, rancor, mágoa entre outros - para que guardá-los?

Eles acabam deixando nossa “mochila” muito pesada e ocupam o espaço daqueles que seriam mesmo muito preciosos. Daqueles que deixariam nosso fardo muito mais leve.

Quando pequenas, minhas filhas ouviam de mim que se caíssem, não perdessem tempo chorando e nem dessem “Ibope” a um possível machucadinho, pois aí estariam perdendo tempo para continuar a brincar e o machucado doeria mais.

É a mesma coisa, damos atenção àquilo que nos atrapalha, o lado ruim atua mais veementemente, e deixamos de viver de forma mais intensa. Deixamos de sorrir para dar esta ou aquela bronca, para reclamar disso ou daquilo. Ora, sorrir é bem melhor até para exercitarmos os músculos da face.

Jogue fora os rancores, os ódios, os sentimentos negativos, esvazie seu fardo dos pesos pesados nem que seja para somente um experimento. Com certeza o dia a dia será vivido mais prazerosamente.

Invista tempo e sentimento com o que vale a pena e não os desperdice com o que não vale.