sábado, 12 de dezembro de 2009

Atendimento preferencial


Prioridades no atendimento
Deve ser dada prioridade ao atendimento dos idosos, doentes, grávidas, pessoas com deficiência ou acompanhadas de crianças de colo e outros casos específicos com necessidades de atendimento prioritário.

São várias as leis que tratam do assunto prioridade no atendimento. O teor é sempre o mesmo e eu concordo, mas não em sua totalidade, afinal há a necessidade de se rever certos conceitos, alguns que apareceram com o tempo e outros que já nasceram com a própria legislação.

Crianças de colo
Há uma grande diferença entre criança de colo e criança no colo.

Lamentavelmente, muitas "mães" levam seus filhos pequenos ao banco e outros locais onde certamente haverá alguma fila a ser enfrentada para, ali, pegá-los no colo e ganhar a preferência em detrimento dos que ali estão, sucumbidos à obrigatoriedade da fila.

Aproveitadoras (em sua maioria) e aproveitadores usam as crianças para esse fim - certa feita vi uma moça, jovem e forte, subindo ao primeiro andar de um banco, acompanhada de uma criança. A criança subiu o primeiro lance da escada de mãos dadas com a "mãe" e, no patamar, a dita "mãe" pegou a criança no colo para subir o último lance e entrar no salão dos caixas, direto para a fila de atendimento preferencial.

Pergunto: Usou descaradamente a criança ou não?

Para acertar: creio que bastaria o próprio caixa ou alguém do local de atendimento alertar a pessoa para que fique na fila certa lembrando-a que criança de colo não é criança no colo.

b) Idosos ou office-boys?
O Atendimento Preferencial foi criado para que pessoas que não podem enfrentar longas filas, permanecessem o menor tempo possível, idosos incluídos.
.
Mas, e quanto ao escritório que contrata idosos no lugar de garotos para os serviços de rua, bancos e afins? Que fazer quando um inocente velhinho abre a pasta em frente ao guichê e tira de lá uns 30 documentos para pagar? A fila para e os demais acabam levando mais tempo na preferencial do que se pegassem a fila normal.
.
Pergunto: Usou descaradamente o idoso ou não?
.
Para acertar: limitar o número de documentos por idoso. Creio que até quatro seria um número ideal.
.
Isso tudo indica um fato bastante negativo em nossa cultura, que remete ao que ficou conhecido como Lei de Gerson (diga-se de passagem que ele se arrependeu muito de ter feito aquela propaganda) - levar vantagem em tudo.
.
Por que não pensar um pouco no próximo? Afinal, fazer outras pessoas felizes é garantia de sermos felizes.

Atendimento preferencial


Prioridades no atendimento
Deve ser dada prioridade ao atendimento dos idosos, doentes, grávidas, pessoas com deficiência ou acompanhadas de crianças de colo e outros casos específicos com necessidades de atendimento prioritário.

São várias as leis que tratam do assunto prioridade no atendimento. O teor é sempre o mesmo e eu concordo, mas não em sua totalidade, afinal há a necessidade de se rever certos conceitos, alguns que apareceram com o tempo e outros que já nasceram com a própria legislação.

Crianças de colo
Há uma grande diferença entre criança de colo e criança no colo.

Lamentavelmente, muitas "mães" levam seus filhos pequenos ao banco e outros locais onde certamente haverá alguma fila a ser enfrentada para, ali, pegá-los no colo e ganhar a preferência em detrimento dos que ali estão, sucumbidos à obrigatoriedade da fila.

Aproveitadoras (em sua maioria) e aproveitadores usam as crianças para esse fim - certa feita vi uma moça, jovem e forte, subindo ao primeiro andar de um banco, acompanhada de uma criança. A criança subiu o primeiro lance da escada de mãos dadas com a "mãe" e, no patamar, a dita "mãe" pegou a criança no colo para subir o último lance e entrar no salão dos caixas, direto para a fila de atendimento preferencial.

Pergunto: Usou descaradamente a criança ou não?
Para acertar: creio que bastaria o próprio caixa ou alguém do local de atendimento alertar a pessoa para que fique na fila certa lembrando-a que criança de colo não é criança no colo.
b) Idosos ou office-boys?
O Atendimento Preferencial foi criado para que pessoas que não podem enfrentar longas filas, permanecessem o menor tempo possível, idosos incluídos.
Mas, e quanto ao escritório que contrata idosos no lugar de garotos para os serviços de rua, bancos e afins? Que fazer quando um inocente velhinho abre a pasta em frente ao guichê e tira de lá uns 30 documentos para pagar? A fila para e os demais acabam levando mais tempo na preferencial do que se pegassem a fila normal.
Pergunto: Usou descaradamente o idoso ou não?
Para acertar: limitar o número de documentos por idoso. Creio que até quatro seria um número ideal.
Isso tudo indica um fato bastante negativo em nossa cultura, que remete ao que ficou conhecido como Lei de Gerson (diga-se de passagem que ele se arrependeu muito de ter feito aquela propaganda) - levar vantagem em tudo.
Por que não pensar um pouco no próximo? Afinal, fazer outras pessoas felizes é garantia de sermos felizes.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Vamos falar um pouco do ecologicamente correto

Em Santos há vários - e põe vários nisso - prédios sendo construídos, mas não se ouve falar que em alguns deles está sendo instalado um sistema de reuso de água, algo simples que, financeiramente falando, traz uma enorme economia ao condomínio e, nos tempos de hoje poderemos dizer, principalmente, traria uma enorme ajuda ao meio-ambiente no quesito economia de água, já que pode economizar 80% ou mais da água consumida.

Reutilizando a água da chuva para as descargas nos banheiros, lavagem das áreas comuns dos condomínios e outros fins possíveis, que não sejam para o consumo humano ou animal, essa enorme quantidade de prédios ora em construção faria uma Santos de primeiro mundo, alçando nossa cidade a um patamar inimaginável pelo exemplo que daria.

Pelas notícias que se vê - não é uma certeza mas, praticamente o único prédio que dispõe de um sistema desses é o da FGV na Avenida Conselheiro Nébias e lá a conta da água que mensalmente chega, sem falhar, vem com um valor substancialmente mais baixo, pois muito da água utilizada vem, gratuitamente, dos céus e, dependendo do uso, sequer precisa ser tratada.

Prédios, casas e outras construções poderiam ajustar-se a este sistema. Há vários terminais de contêineres em Santos que utilizam um sistema próprio e toda a água utilizada para a lavagem dos equipamentos é tratada e reutilizada - grande economia, com a borra (resíduos que sobram) ainda podendo ser utilizada na construção civil. Tudo ecologicamente correto.

Não sou especialista no assunto, mas mesmo como leigo dá para observar que as reservas naturais de água doce do planeta estão pedindo socorro e a hora de tomarmos providências já passou. Temos de agir, e rápido.

domingo, 8 de novembro de 2009

Haikais

Uma vez, depois de ler alguns Haikais publicados por Guilherme de Almeida, atrevi-me a escrever alguns. Tratos à bola, rachei a cabeça e descobri um excelente exercício - e gostoso: escrever haikais. Tente (se não souber como contar as sílabas na poesia, o "Tio Google" ensina).

Haikai - poesia japonesa criada por Bashô no século XVII (não exige rima, apenas frases conexas)

5 sílabas / 7 sílabas / 5 sílabas

Um exemplo do próprio Bashô

"Furu ike ya
Kawazu tobi komu
Mizu no oto
"

Traduzindo:

No tanque morto

o ruído de uma

rã que mergulha


Meus Haikarlos (sem métrica mas com a rima Guilhermina - Haikarlos? Neologismo by Profa. Alessio)


Dormindo

Na noite do escuro soturno

Cada casa se cala

Só não cala o sonho noturno

Má sorte

Todos até creem

Que a má sorte pode dar em morte

Mas nem todos veem

Preguiça

Vejo televisão

Se procurar e nada achar

Cochilo no chão

Meus haikais... (com o número certo de sílabas)

Canoro

O canário canta

Em uma manhã cinzenta

O povo encanta

Já era

O ovo podre caiu

O pobre pinto morreu

O mundo ruiu

TCndo

A menina tecla

O computador processa

E ela trabalha

Chuva

Muita água lá fora

Aqui dentro tá escuro

Acendo a luz

Primavera

A rosa abre

No mundo cinza sem cor

E a luz reabre

Meus Haikais Guillerminos (Guilheme de Almeida introduziu a rima: a primeira rima com a terceira e a segunda numa rima interna, consigo mesma) - mesmo número de sílabas do Hakai japonês [5-7-5].


A Caverna

Daqui não permita

Que pegue, tire e leve

Saudade? Admita

Lei de Murphy

Se era para perder

Por que lutou? Devotou?

Melhor esquecer

Queimou

A moça vê TV

Do fogão não tem noção

Queimou o pavê

Já era

Um corpo cai

No chão desse mundo cão

A vida se esvai

Ex-fome

Pizza com Maria

Comer e a fome perder

Noite ou dia

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Um dia de dedicação

ESTE TEXTO É PARA QUEM, COMO EU, ACREDITA QUE HAJA UM PLANO ESPIRITUAL.

Chamem isso de crônica, desabafo, artigo... do que quiserem, mas, pela minha fé, preciso relatar

A Igreja Messiânica Mundial do Brasil, da qual sou membro desde 31 de outubro de 1993, promoveu o Culto aos Antepassados deste ano de 2009 nos dias 1º e 2 de novembro, com a presença de Kyosho-Sama, quarto líder espiritual (neto de Mokiti Okada - Meishu-Sama -, fundador da Igreja), que ministrou johrei em todos os presentes durante o Culto no Solo Sagrado de Guarapiranga, em São Paulo.

Para fazer uma comparação aos leigos, foi como assistir a uma missa com a presença do Papa e receber uma benção do próprio.

Mas, por que este texto aqui, agora? Vamos lá!

Há algum tempo sinto que certa negatividade anda circulando pela minha vida - vamos chamar assim para não entrar em muitos ou certos detalhes. O fato é que isso me tem atrapalhado, causando grande empecilho por mais que eu trabalhe e queira obter sucesso.

Então comecei a buscar no plano espiritual a saída para me livrar desse problema, buscando elevar meu espírito através principalmente da dedicação e do altruísmo.

E assim vi que o convite para dedicar no Solo Sagrado de Guarapiranga durante o Culto aos Antepassados era, na realidade, um atendimento ao meu clamor e, sem pestanejar ou me preocupar com os joelhos estourados por um atropelamento, aceitei.

Fui, fiquei cerca de 24 horas acordado, sendo a maioria delas em pé, dediquei no Centro Cultural - um lugar previamente escolhido pelos coordenadores, pois ali eu poderia sentar e descansar por causa dos joelhos - e passei o dia recebendo as pessoas que iam visitar o Centro, parando bem pouco para descansar.

Voltando um pouco no tempo, quando chegamos no Solo Sagrado já passava das duas horas da manhã, tomamos uma ótima sopa e a maioria voltou ao ônibus para dormir um pouco, antes da oração dos dedicantes que ocorreria somente às quatro horas da manhã.

Em vez de voltar ao ônibus, resolvi reafirmar o compromisso feito com meus antepassados para que, juntos, dedicássemos naquele dia. Fui então até a Praça dos Amores - um lugar muito gostoso que há no Solo Sagrado - e ali, de mãos dadas com meus antepassados e iluminados apenas pelo luar, teve lugar uma oração e uma conversa séria sobre o que iria ser feito naquele dia. Naquele momento ainda não sabia onde iria dedicar, mas seria feita da melhor forma possível.

Mas, sabe o que realmente chamou a atenção nisso tudo? A queda de meu Ohikari.

Mais uma vez abro parêntese para quem não sabe, simplificando: Ohikari é uma medalha que usamos para ministrar o Johrei - uma oração que purifica o espírito.

Em 16 anos de membro (completados neste 31 de outubro), nunca havia acontecido algo semelhante. Ao pegar a caixinha em cima da cômoda, acabando de me vestir para ir ao encontro do ônibus que me levaria ao Solo Sagrado, ela "voou" de minhas mãos e espatifou-se no chão - quando vi o Ohikari ali, esparramado, senti-me péssimo.

Eis o tal do negativo atuando novamente, afinal, nada explica aquele voo de minhas mãos, mas, se a intenção era mesmo abater-me.... insucesso.

Foi justamente esta queda que me fez fazer uma das melhores orações da minha vida. Empreguei tamanho sentimento nela e a fiz com tanta devoção, que isso afastou qualquer negativo que quisesse me influenciar naquela hora e me deu um ânimo muito forte para ir e dedicar durante o culto.

Fiquei recepcionando as pessoas que chegavam ao Centro Cultural, junto com meus antepassados (pela oração que fiz com eles na madrugada) e gostei muito.

Se doeram os joelhos? Sim, e como. O engraçado é que cheguei a achar que depois de ficar quase três horas sentado no ônibus de volta para Santos, eles esfriariam e seria complicado andar até em casa, que é o que normalmente acontece - ledo engano, pois sequer manquei (não sentia dor alguma).

Tchau negativo! Esta eu venci!

Este texto é também para agradecer a todos que foram usados para que eu recebesse este convite e pudesse ter esta oportunidade. E também ao casal Claudio e Rosemary, meus companheiros de dedicação no Centro Cultural que seguraram a bronca para que eu pudesse assistir ao Culto.

Muito obrigado.


sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Sonhar - por que não?

Martin Luther King sonhava, em ver seus quatro filhos vivendo em uma nação onde não seriam julgados pela cor da pele, mas sim pelo conteúdo de seu caráter. Utopia dele em um mundo cão? Quem sabe?

Sonhar também é preciso. Se são sonhos impossíveis ou não, que diferença faz? Sonhar não custa nada, renova nossas forças para ir além e pode produzir energia para que consigamos realizar os "sonhos sonhados".

Quem consegue realizar os sonhos, transformando em realidade aquilo que estava apenas em seu íntimo sente-se consagrado. Esta busca move o ser humano desde os tempos mais antigos.

Sonhar faz bem à alma e motiva. Portanto, vamos dar tratos à bola, sonhar e sonhar bastante, criando um mundo melhor e, com ele criado, tentar jogar este mundo para fora, realizando nossos sonhos, trazendo um mundo melhor para se viver.

É, meu caro Lennon, o sonho não acabou. Está aí, e bastante vivo.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Alguém aí quer ser campeão brasileiro?


Estamos vivendo uma fase meio estranha no campeonato brasileiro.

Depois de 30 rodadas parece que ninguém quer ser o campeão do certame, fato que está sendo notado desde há algumas rodadas.

Os que estão à frente perdem jogos fáceis e o líder Palmeiras, que poderia ter disparado deixando uma diferença superior a 11 pontos para o segundo colocado, também faz a sua parte.

Quando os que vêm atrás perdem dando-lhe a chance de disparar, o alviverde do Parque Antártica também perde.

Com isso, quem estava lá por baixo da tabela, vem, aos poucos, galgando alguns degraus e aproximando-se dos líderes, do almejado G4, o grupo que determina quem vai estar na Libertadores 2010.

Será mesmo uma mera coincidência ou as derrotas teriam algo a ver?

Para! Nem pensemos em levantar alguma lebre. Aparenta é que ocorre uma falta de vontade de profissionais de fazerem seu trabalho, correr atrás da bola e acertá-la dentro daquele imenso quadrilátero formado por três traves e uma linha no chão.

Tomemos o jogo do líder neste domingo (18 de outubro), Palmeiras X Flamengo em pleno Parque Antártica. O time palmeirense simplesmente não entrou em campo e, quando aparece uma chance de diminuir a diferença o aclamado Vagner Love dá uma de Roberto Baggio e manda a bola para a estratosfera - talvez tentando acertar as piscinas do clube.

O líder perdeu e quem vinha seguindo-o, nos calcanhares fez o quê? O São Paulo, que poderia estar a apenas dois pontos do líder, perdeu para o Atlético Mineiro, dentro do Morumbi, e viu o time de Belo Horizonte tomar o segundo lugar. O Internacional, que poderia ter assumido a vice-liderança, colocando-se a três pontos do Palmeiras, empatou com o Fluminense - lanterna isolado do campeonato.

E o Goiás? Este poderia estar dentro do G4, tirando o São Paulo do grupo da Libertadores e, no entanto, perdeu para o Avaí e amarga uma sexta colocação.

É, se compararmos outras rodadas, poderemos notar que este é um campeonato que ninguém tira proveito quando tem chance. Será que não é mais interessante ser campeão brasileiro? Queria entender isso.

Mas, enquanto o pessoal de cima não quer nada com nada, sejam bem-vindos Flamengo, Cruzeiro, Grêmio, Vitória, Avaí...

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Resenha - A Cabana

 


A Cabana, escrito por William P. Young, é um livro nos dá uma nova leitura sobre o que, ou quem, é Deus.

Um Deus humano, que de humano não tem nada, nos ensina a repensar a vida. Ensina que o verdadeiro paraíso é viver em comunhão (comum-união), sem hierarquias ou poder, mas apenas na base da troca de amor.

Pela leitura, não importa se o leitor é religioso ou ateu, a importância de seu conteúdo está nas entrelinhas, que transcendem esta ou aquela religião, este ou aquele acreditar.

Após ser abatido pelo que chama de "Grande Tristeza", Mack deixa para trás uma vida feliz e próspera e se afunda na amargura e na dúvida sobre a bondade divina. Não conseguia compreender a razão de Deus, tão bom e poderoso, haver permitido que uma desgraça tão grande acontecesse.

É dentro desse mar de dúvidas que Mack, em um dia de tremenda tempestade, encontra um envelope em sua caixa de correios, sem selos ou qualquer indicação. Dentro apenas um bilhete assinado "Papai" e convidando-o a voltar ao local da tragédia. Trote? Brincadeira de mau gosto? Quem poderia ter feito isso? Papai era a forma com que sua esposa Nan se referia a Deus.

Sem saber ao certo o que o levou a voltar à Cabana, Mack, aproveitou um final de semana em que a esposa foi com os filhos à casa da irmã e dirigiu-se para lá, sem saber que sua vida, mais uma vez, iria mudar radicalmente.

Racional, irracional ou supra-racional? Leia, analise e procure entender.

Um livro para ser lido a sós, no silêncio e refletindo cada trecho, buscando entender as mensagens nas entrelinhas que nos mostram o por quê de os humanos apressarem-se em declarar que algo é bom ou mau sem discernir, de fato, se é ou não.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Um jogo que ficou na minha história


Aquele longínquo 7 de maio marcou minha vida e faz parte de minhas lembranças do passado e uma cena não sai de minha visão: eu deitado no chão vazio, em frente ao radião, ainda de válvula, ligado à tomada, sozinho, ouvindo o segundo jogo das finais da Taça Libertadores da América daquele 1968. Só eu, o rádio e o amor pelo Palmeiras que não era Porco, era Periquito. Menino com 12 anos de idade, único palmeirense de uma família de sãopaulinos, estava sozinho naquela casa vazia - a família acabara de mudar-se para uma outra, na mesma rua, mas não pude acompanhar a mudança, não naquela hora. Impossível mexer-me de lá, afinal, não podia perder um segundo sequer daquele jogão de bola, esperança de ver meu amado time ser campeão das Américas. O Palmeiras não ganhara o primeiro jogo contra o Estudiantes, lá na Argentina, por 2 x 1 e tinha de ganhar o segundo... e estava ganhando. 2x0 para nós e estávamos já na metade do segundo tempo. Um terceiro gol aconteceu e eu vibrava ainda mais. Que show Dudu, Ademir e o Tupãzinho - que havia feito dois dos nossos três gols (o nosso segundo ficou por conta do Rinaldo) - deveriam estar dando em campo. Minha imaginação fervilhava. O rádio gritava junto com um Pacaembu onde 40 mil palmeirenses dançavam e comemoravam cada minuto que passava e eu lá, sozinho, imaginando e querendo estar no Pacaembu. Ai que vontade. Naquela época eu ouvia o Fiori Gigliotti com seu famoso "abrem-se as cortinas e começa o espetáculo" - e que espetáculo -. Ganhamos de 3X1 (maldito Verón) e o jogo foi para a terceira partida e íamos decidir em campo neutro: Montevidéu - melhor parar as lembranças por aqui, pois não é nada bom lembrar aquela partida em que perdemos de 2x0 e ficamos com o vice. Vice? No Brasil não vale nada, mas sim, o Palmeiras seria, pela segunda vez, vice-campeão da Libertadores. Mas realmente a cena ficou - eu, o rádio e a vitória do Palmeiras naquela casa vazia - puxa, como valeu a pena ter ficado lá e chegar na casa nova com um sorrisão de orelha a orelha, esnobando todos os sãopaulinos. Ah Ah Ah Ah Hoje, neste 26 de agosto de 2009, a Sociedade Esportiva Palmeiras completa 95 anos e continuo o mesmo apaixonado. Como é bom torcer para um time digno que me enche de orgulho. PARABÉNS VERDÃO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Dá-lhe Porco!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

domingo, 23 de agosto de 2009

Eu, eu e eu!

Desde que o homem passou a existir neste mundo, há milênios, ele sempre viveu em comunidades, nunca sozinho - salvo um ou outro eremita. E o que é comunidade, senão viver em comunhão, quando um tem de pensar no outro e o outro no um?

Deve, portanto, existir, em qualquer relacionamento, uma troca constante e espontânea, na qual todos dão e todos recebem. Pensar só em si mesmo, não se preocupando com os que estão à sua volta, é um ato falho, infelizmente muito praticado.

Normalmente tal ato é praticado por pessoas que, por agirem de forma tão natural, acabam acreditando que têm amigos e podem fazer com eles o que quiserem, desde que obtenham alguma vantagem, ignorando a reciprocidade que teoricamente deveria haver.

Tais pessoas fazem um favorzinho aqui e outro ali, apenas para compensar sua falta, e, quando precisam e não são correspondidas, agem como se o mundo acabasse. Ficam revoltadas, achando que ninguém faz nada por elas e que não seriam merecedoras de um tratamento injusto.

Difícil é fazê-las parar para pensar em como agem no seu dia a dia, fazer uma autocrítica analisando seu próprio modo de agir e se realmente teriam sido injustiçadas ou não.

Ter uma vida pró-ativa, querer subir, ter a ambição de conquistar seu espaço é bastante necessário, mas não se deve olhar somente para si, há muitas pessoas em volta de todos nós que, inclusive, podem nos ajudar nesta difícil tarefa de vencer na vida. Mas jamais devem ser usadas como degraus e sim como um forte alicerce que está ali para nos sustentar realmente.

Garantir que tenhamos esse alicerce embaixo de nós não é difícil, basta que também alicercemos o próximo, fazendo-o crescer junto conosco, pensando pró-ativamente, mas sempre dando a devida importância ao conjunto, afinal, sozinho, ninguém faz nada.

sábado, 8 de agosto de 2009

Resenha - Três vidas, três mundos e um amor dividido

Iniciando o mês de agosto com a resenha de um livro que achei muito bom:

Título do Livro: A Montanha e o Rio
Título original: Brothers
Autor: Da Chen
Tradução: Paulo Andrade Lemos
Romance
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007
493 páginas

O romance A Montanha e o Rio foi escrito por Da Chen, um imigrante nascido no sul da China em 1962 e que chegou aos Estados Unidos aos 23 anos de idade. Formado pela Faculdade de Direito da Universidade de Columbia, atualmente reside na região do vale do rio Hudson, no estado de Nova York, com a esposa Sunny e os filhos Victoria e Michael.
Um romance que mistura realidade com ficção.

A história, que atravessa a Revolução Cultural chinesa dos tempos de Mao Tsé Tung e passa pelos acontecimentos na Praça da Paz Celestial, em 1989, quando inúmeros jovens foram mortos pelo exército vermelho, narra a saga dos irmãos Tan Long e Shento, que não se conheciam e também não sabiam da existência um do outro, e de Sumi Wo, paixão declarada dos dois. A história da briga pela vida em que cada um dos três foi obrigado a entrar fundo, com bastante rigor e força de vontade para sair vitorioso pode ser demonstrada pelo pensamento de Shento logo nos primeiros capítulos: “(...) tudo o que eu estava sentindo naquele momento era o frio cortante da realidade e a áspera necessidade de sobreviver”.

Enquanto Tan Long nasceu em berço de ouro, no seio de duas famílias tradicionais e poderosas, tanto no mercado econômico quanto no campo militar e teve a melhor educação, Shento já começou sua vida brigando contra as forças do destino - recém-nascido contou com a sorte para que não sucumbisse com sua mãe suicida e renascesse nos braços de um bom velho que o criou dentro dos padrões da ética e bondade: nobres sentimentos de um povo do pequeno vilarejo marcado pela pobreza.

Iguais em inteligência, os dois irmãos seguem caminhos diferentes, mas com os mesmos percalços - ambos caem em desgraça, lutam pela sobrevivência, vencem, caem novamente e mais uma vez vencem a luta contra os reveses que a vida lhes apresenta.

Não diferente é a história de Sumi Wo. Também bastante inteligente, tem uma vida sofrida com a desgraça batendo-lhe à porta e as conquistas conseguidas por meio de muita luta e coragem.

Salva por Shento de ser estuprada no orfanato em que ambos viviam, Sumi fica só já que o menino, para fugir dos algozes que o buscavam por ter matado os três que atacavam sua amada, desaparece na mata a caminho do mar.

Mesmo crendo que seu amado havia sido morto pelos tubarões, ela leva uma vida cheia de esperança, vivenciando seu amor na presença do filho que havia sido gerado, sem intenção e às pressas, em um gesto de despedida naquele dia fatídico.

O destino faz com que Sumi encontre Tan Long, meio-irmão de Shento. A similaridade entre os dois, tanto física quanto em seu interior, transforma uma amizade em amor, um amor perseguido pelas lembranças de Shento, tido como morto.

As reviravoltas desse mesmo destino geram uma rivalidade entre os dois irmãos, inimigos declarados mesmo antes de se saberem do mesmo sangue.

Tan Long, criado no meio do mercado de capitais é levado ao capitalismo, em que vale o dinheiro, não tanto a honestidade das pessoas, prevalecendo a vontade. Com o desenvolvimento dos fatos, torna-se líder dos revolucionários e dá uma outra guinada em sua vida, transformando-a totalmente. Sua história vai do luxo ao lixo e de volta ao luxo.

Shento, criado dentro do poder comunista e preparado para servir ao partido, age mais por uma ideologia em que vale seguir as regras e a fidelidade, mas também prevalecendo a vontade. Sua história vai do lixo ao luxo do poder, retornando aos valores intrínsecos em seu ser, valores de seu passado.

Sumi Wo, dividida entre dois amores, é a heroína que chama para si a responsabilidade de combater os comunistas, junto a Tan Long, e que acaba abandonando a ambos para salvá-los e salvar-se.

Uma trama movimentada, na qual o poder fala mais alto e cada um busca-o para si a fim de, além de alcançar seus objetivos e ter sucesso na vida, lutar e prejudicar seus inimigos. Uns em prol da vida outro em prol do poder.

Ao seu término, a narrativa chega a um final inesperado que fica a critério do leitor.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Vencer


"É muito difícil você conseguir vencer numa boa.

Para vencer você tem que lutar.

E essa luta muitas vezes significa se indispor de certa forma com algumas pessoas, para prevalecer aquilo em que você acredita.

Seu ponto de vista, sua cabeça, a sua personalidade acima de tudo.

E se você não lutar pra valer, você acaba perdendo teu próprio rumo.

E se você perde seu próprio caminho, você não é ninguém.

Então para conseguir manter essa linha de conduta, você tem que lutar muito.

E, muitas vezes, tem que brigar mesmo."

(Ayrton Senna da Silva)

Um pouco da filosofia do maior piloto da Fórmula Um de todos os tempos. É bem verdade e, às vezes, a maior briga é com nós mesmos, contra a nossa falta de vontade e outras mazelas que nos empurram para um lado negativo, muitas vezes, mais fácil e confortável de ser encarado.

Não é preciso dizer muito. Só aqueles que acreditam em si, traçam um caminho, brigam por ele e chegam lá é que sabem o quão doce é o sabor da vitória, daquela vitória conquistada com seu próprio suor.

É preciso ter em mente que o fato de qualquer um, seja quem for, não acreditar em você jamais poderá abalar sua trajetória. O único desacreditar que pode tirá-lo de seu caminho - e tira - é o seu próprio.

domingo, 28 de junho de 2009

Viver o presente pensando no futuro

A cada dia que passa, estamos mais maduros, mais experientes. E aonde isso nos leva? Havemos de parar e pensar um pouco sobre tudo aquilo que já fizemos e tudo o que ainda está por vir.

É muita coisa já passada e muito por passar e, sem sombra de dúvida, a qualidade daquilo que ainda está no futuro e que um dia virá a ser presente e passado, dependerá exclusivamente de nossas atitudes, do que fizermos hoje, no presente ­­- O passado tem que ser uma escola, uma lição registrada em nossas mentes, pela qual tenhamos aprendido algo para melhorarmos nosso viver e, por conseguinte, nosso futuro.

Dia após dia nós nos estressamos com coisas até sem importância e acabamos por sofrer antes da hora, o que acaba por estragar muitos de nossos dias e muitas de nossas noites de sono.

Será que vale a pena realmente esquentar a cabeça por tudo o que normalmente nos faz perder a calma? Tolerância zero só funciona e chega a ser engraçada na TV. Na vida real só contribui para nos enervar e piorar quaisquer situações que estejamos passando, complicando sobremaneira nosso dia a dia.

E aí? Quem lucra com isso? Talvez só os analistas, psicólogos e afins.

Por vezes, voltar a ser criança, brincar de igual por igual com o “filhão” ou “filhona” que está lá em casa esperando por nós vale muito mais que dez consultas com algum especialista.

Pare e pense: Estressar para quê? O maior prejudicado, além dos que convivem conosco, somos nós mesmos.

Realmente não vale a pena.

domingo, 21 de junho de 2009

Olheiros... olheiros... só futebol?

Dia desses estava no escritório do Dr. Sidnei Lostado, o advogado que escreve a coluna Farol Jurídico na Revista O Contêiner, publicação sob minha responsabilidade, e, dando uma olhada nas revistas da sala de espera, uma me chamou a atenção pela matéria de capa. Era uma edição de Veja, de algumas semanas atrás, que tratava dos nossos jovens, possíveis promessas do futebol, "caçados" por olheiros.

Nossos craques estão indo embora antes de se formarem craques. Olheiros profissionais estão espalhados pelo país todo à procura de garotos com bom potencial de se transformarem em craques no futuro.

Logo acenam com contratos mirabolantes aos pais que, na grande maioria das vezes, são pobres sonhadores com um futuro promissor para os filhos e, por conseguinte, para a própria família.

Bem, nosso futebol não é mais nosso há algum tempo. Os craques que aqui conseguem despontar logo vão para o exterior, mas o Brasil não é só futebol.

Por que não termos olheiros também para futuros craques em potencial para áreas menos esportivas como matemática, biologia, engenharia e outras atividades acadêmicas que poderiam formar grandes craques, com uma vida útil bem mais longa que a de um jogador de futebol? Craques de verdade, que, com o passar do tempo, tornar-se-iam cada vez mais craques.

Se toda a infraestrutura que o futebol recebe e dá aos jogadores também fosse dispensada a esses craques da cultura, do estudo, sem dúvida poderíamos também ter nossos vencedores de prêmios Nobel. Teríamos o Brasil destacado em outro tipo de Copa do Mundo, com universidades investindo em pesquisas devidamente patrocinadas pelas mesmas grandes marcas que sustentam o futebol.

Por vezes, aqui e ali surgem alguns gênios, aos quais a televisão concede os 15 minutos de fama e depois... bem, depois caem no esquecimento. Se houvesse olheiros cuidando desses gênios, com certeza apareceriam muitos mais e o Brasil lucraria bem mais com os estudos e pesquisas que com os dólares e euros trazidos pelo futebol.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Mais vida para viver...

...Mais sonhos para sonhar

Viver, sonhar, sonhar, viver...e assim vamos tocando a vida, o dia a dia.

Se navegar é preciso, Viver também o é, sim, viver com "V" maiúsculo, pois é extremamente necessário ter-se qualidade de vida.

Achar que basta estar vivo para viver é coisa de acomodado, daqueles que não sabem o quanto podem almejar, sonhar, traçar objetivos e, o mais importante, realizar.

Viver e sonhar são a base para a realização. A realização é a grande causa do bem viver. Afinal, de que adianta, por exemplo, ter muito dinheiro acumulado se não o aproveitamos para viver? Se o caso é ter dinheiro, que seja ter dinheiro para viver e não viver para ter dinheiro.

Trace um objetivo de vida a ser buscado e, com força de vontade e ética, faça por merecer alcançá-lo. Isto é realização, o que, por simples consequência, traz felicidade.

O importante é o fator merecimento para alcançarmos nosso objetivo, pois aí haverá uma base forte que evitará que caiamos. Sem isso, Alcançando nossa meta sem importar os meios, fatalmente acabaremos por pisar ou atropelar quem estiver por perto para o usarmos em nossa caminhada.

Não é por aí. Todos em nossa volta têm que ser encarados como parceiros, amigos, que caminham junto a nós.

Teremos aí uma força praticamente invencível para alcançarmos nossa meta e lá permanecermos ou irmos em frente, buscando novos objetivos, mas nunca voltando - andar para trás não leva a nada.

Importante é lembrar que o ontem já está perdido, o amanhã ainda não chegou e, portanto, é no hoje que precisamos fazer tudo, é no hoje que as coisas acontecem.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Ser o mesmo mesmo?

Ser você mesmo é algo muito importante, imprescindível. De nada adianta tentar imitar outros pois os pensamentos e sentimentos dificilmente serão iguais aos da pessoa imaginada.

Ser você mesmo, reconhecendo e admitindo tanto as suas falhas, suas limitações, quanto suas melhores qualidades é sinal de amadurecimento, qualidade de vida. É você tomando consciência de que só assim poderá ser alguém dentro do contexto geral do mundo em que vive.

Mas, muito importante ressaltar que ser você mesmo não significa - e nem pode - que você é sempre o mesmo.

Tudo muda, desenvolve, cresce, adapta-se, é a seleção natural apregoada por Charles Darwin, e isso muito tem a ver com nós mesmos.

Importante ter a consciência de que ser você mesmo não é igual a ser o mesmo você sempre.

O fato de que meu avô assim fazia, meu pai assim fazia e, como deu certo, eu assim faço, não é garantia de que vai continuar dando certo, é apenas garantia de continuar em uma mesmice que só vai empacar nosso negócio, nosso viver.

Um exemplo prático: seu avô não usava computador no exercício de suas funções - você usa? Até mesmo na mais simples loja de armarinhos, lá no nosso interiorzão o computador cabe, e bem.

Temos sempre de rever nosso modo de vida, modo de pensar, agir. Se somos contra uma idéia hoje, não quer dizer que não podemos admiti-la no futuro - não é ser um vira-casaca, isso é mudança de opinião pois, ao crescermos, nosso modo de pensar automaticamente muda.

É aprender e adequar-se aos novos tempos, aceitar as mudanças que são tão necessárias quanto o ar que respiramos.

sábado, 23 de maio de 2009

O Respeito ao Saber


O saber é tão relativo quanto a ética. Vejamos:
 
O que é ética? Essa resposta está diretamente ligada ao círculo em que se vive. A ética dos elementos de uma quadrilha é bem diferente daquela ética de um grupo de senhoras da sociedade - boas ou más, ambas são ética, apenas com pontos de vista diferentes.
No saber ocorre o mesmo.

Particularmente, não sou fã de Paulo Coelho, mas bem explica uma frase dele: “Não há saber mais ou saber menos: há saberes diferentes”.

 
Que saberes são esses afinal? O peso vai depender de cada situação, mas todos têm o seu peso, a sua importância.
 
Comparando, podemos tomar aquele senhor culto, que fala vários idiomas, dá palestras em faculdades e tudo o mais e, do outro lado, tomamos um caipira, aquele matuto que nunca foi à escola e sempre viveu na roça, no mato. Qual dos dois tem mais saber?
 
Sem dúvida alguma optamos pelo senhor erudito já que, pelos estudos, ele há de saber mais. Porém, imagine-se perdido no mato durante uma semana... qual deles você gostaria de ter como companhia?
 
Isso acontece em todos os segmentos, sempre há aqueles que se julgam os donos da verdade e sequer dão ouvidos aos que eles chamam de inexperientes, visto que eles já aprenderem tudo o que tinham a aprender e, então, só podem ensinar.
 
É um grande retrocesso pensar dessa maneira. A estagnação não nos faz parar, faz voltar, atrasar-nos no tempo e pode ser tarde quando percebemos o erro.
 
Portanto, o ideal é valorizarmos todos em nossa volta, não importando o quão humildes podem ser, e, principalmente, saber ouvir e aprender com isso, pois sempre podem ser abertas novas portas que nossos olhos, viciados pela conduta rotineira do dia a dia, não haviam percebido.

Descartes disse algo assim: Trocaria tudo o que sei por metade do que ignoro

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Ser competente não é o bastante.


Esta não é uma idéia nova. Podemos não parar para pensar, mas hoje, como ontem, ser competente não é o bastante.

Não adianta apenas ser competente, há de se aparentar competência, ou seja, tem de parecer competente, principalmente se levarmos em conta um mercado tremendamente competitivo, em que o respeito é exigido, no qual o simples uso de uma gravata já altera o tratamento recebido, seja onde for.

A competência é importante por demais. Por esse ou aquele motivo, pode-se chegar ao topo sem ela, mas, dificilmente a posição será mantida, pois aí ser ou não competente falará mais alto.

Mas não estamos aqui falando do topo e sim de seu caminho. A aparência, infelizmente ou não, conta e muito. Isso é uma lei implícita da classe média para cima.

Não há como calçar uma sandália de borracha, uma bermuda e uma camiseta e ir trabalhar. O homem ou a mulher tem de “se fantasiar” para ir ao trabalho e merecer crédito. Esse é o primeiro passo na demonstração da competência - saber vestir-se, aparentar-se.

O próximo passo - atitude. É uma outra preocupação saber como e quando manifestar-se, o que falar e como agir também são demonstrações de competência, algo que pesará em, por exemplo, uma escolha seja para admissão ou promoção dentro da empresa.

Sim. Além, de ser competente há de se demonstrar isso por meio da aparência e atos. Tudo graças a um mundo cada vez mais superficial, no qual primeiro julga-se pela aparência e depois pelo resto.