domingo, 21 de fevereiro de 2010

Anjos terrenos

Quem disse que anjos não existem? Eles não só existem, como estão entre nós, travestidos de seres humanos. Reconhecê-los é difícil, mas estão por aí, ao nosso lado, e não são tão poucos assim.


São pessoas com um sentimento diferente, que até se prejudicam para ajudar àqueles que julgam ser merecedores, seja por qual motivo for.


Alguns desses anjos vêm à terra para atender coletivamente, como Madre Teresa de Calcutá, o maior exemplo que conheço, ou irmã Dulce, que também foi um grande exemplo, mas existem aqueles anjos particulares, que estão por aqui e atendem a umas poucas pessoas, um círculo mais fechado e que, normalmente, passam despercebidos pela grande maioria.


Esses anjos terrenos ajudam simplesmente por gostar, por ter uma empatia especial ou simplesmente por ver que alguém necessita de sua ajuda, sem pedir nada em troca. Às vezes revoltam-se com a situação, dão broncas, batem o pé, mas não deixam de, quando necessário, prestar seu auxílio.


Na maioria das vezes, sequer perguntam se queremos isso ou aquilo, apenas providenciam, cientes de que necessitamos.


Se um anjo desses aparecer em sua vida, reconheça-o o mais breve possível, e faça de tudo para que ele perceba que seu trabalho não está sendo em vão.


O mais importante nesse relacionamento é que dizer obrigado ao anjo não basta. Tem de fazê-lo sentir que valeu a pena, deixá-lo com a certeza de que você atravessou, ou atravessa, uma fase ruim mas que há uma luta árdua e sem tréguas para que isso seja passado e ele possa ser liberado para ajudar a outros que ainda necessitem.


Para fortalecer essa gratidão, confirme ao anjo que ele poderá contar com você de qualquer maneira, onde, como, e quando ele precisar. Aí você também poderá transformar-se em um anjo, ficando com a certeza de que fazer as pessoas felizes é a melhor forma de ser feliz.


quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Ontem eu chorei...

Na noite de terça-feira, 9 de fevereiro deste ano de 2010, eu chorei um choro misto de emoção, orgulho e felicidade, além de uma pitadinha de tristeza por não estar lá, junto com toda a turma.

Bem, vamos aos fatos.


Estava acontecendo a colação de grau da 37ª. turma de Jornalismo da Universidade Católica de Santos - UniSantos, turma esta que tive o prazer de acompanhar por sete semestres e, por muito pouco, não me formei com ela - faltou-me completar o último semestre (daí a pitadinha de tristeza).


Em 2005 minha filha convidou-me a fazer faculdade com ela. Foi um dos melhores presentes que já ganhei na vida, pois era minha filha oferecendo-me a honra de ser seu colega de classe. Aceitei sem pestanejar e lá fomos nós fazer os vestibulares, juntos.


Passamos nos três que fizemos e optamos pela UniSantos por considerar a melhor delas para o curso de Jornalismo e assim foi em 2006, 2007, 2008 e no primeiro semestre de 2009, até que fui obrigado a dar uma parada no curso.


Nada, em meus 54 anos de vida, me fez chorar como ontem. A emoção de ver minha filha colando grau, de beca, capelo e tudo o mais, multiplicou-se ao ouvi-la fazendo a homenagem aos pais, principalmente quando disse que, para ela, particularmente aquela homenagem era diferenciada pois tivera o próprio pai como colega de classe por três anos e meio. Sacanagem... desabei.


Não há reveses nesta vida que suplantem uma emoção desta. Não poder ter terminado o curso com ela fica sendo um detalhe.


Obrigado Camila pela emoção, por você ter se formado. Tenha uma carreira de sucesso e seja a jornalista que todos gostariam de ser.