quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Jornalismo participativo


Com a massificação das novas formas de web disponibilizadas aos internautas, sobretudo a confecção de blogs, qualquer um pode passar-se por jornalista e publicar a matéria que quiser.
Por um lado isso é bom, afinal notícias e fatos que jamais seriam publicados na grande imprensa podem ir para o ar sem censura, com total independência.
Todavia, se há o lado bom da divulgação das notícias sem censura, esta mesma falta de censura – ou critério de seu autor – faz nascer o risco de notícias infundadas, publicadas sem seriedade e base.
Assim, ler notícias na internet é como um comerciante aceitar ou não o cheque de seu cliente – ele corre o risco de receber um cheque sem fundos, por isso, é obrigado a analisar o que está recebendo e aceitar ou não. As notícias veiculadas no plano virtual devem receber o mesmo tratamento de seus leitores, i.e., devem ser analisadas e lidas de forma crítica – não simplesmente lidas e aceitas como certas.
Este mesmo jornalismo participativo que a web nos trouxe, é possível viver fora dela, contudo em números bem menores, já que, em um primeiro instante, ficaria restrito a “newsletters” de comunidades e afins. A força está mesmo na web, por sua forma gratuita e de fácil emissão.
Aos jornalistas profissionais cabe saber tirar proveito da situação. Adaptação é a palavra de ordem, afinal “na natureza tudo se transforma” e o jornalista, com sua experiência, deve entender o novo momento, saber usá-lo e aproveitá-lo.
Mesmo blogs de jornalistas, já bastante difundidos, podem abrir espaço para o jornalismo participativo e é justamente esta adaptação que evitará que este novo tipo de jornal transforme-se na pá de cal da profissão.
Carlos Freire

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Análise dos sites

Análise de sites feita para a disciplina Novas Tecnologias do Curso de Comunicação com habilitação em Jornalismo na UniSantos.
=>Carlos Henrique Fontes Freire – No. 7
=>Dennys Marcel Bartholomei Castanheira – No. 8


Site 1 – jornalístico
G1
Clareza
- Em termos de clareza em relação ao público-alvo, o site não é bem situado. À primeira vista aparenta ser para as classes mais abastadas, todavia, uma análise mais aprofundada das notícias, nota-se algumas notas sem relevância ou voltada ao campo das fofocas ou fait divers.

Acessibilidade - Já a acessibilidade é excelente, com as páginas abrindo de forma rápida e textos curtos, com links para acessos a outros detalhes.

Consistência - Os elementos gráficos apresentados ajudam na busca e leitura das matérias, nada havendo que prejudique a navegação ou funcionalidade.

Navegação - Para a navegação, os links apresentados são bastante claros, levando rapidamente ao destino indicado os quais são apresentados em páginas compatíveis com o conteúdo.

Apresentação visual - Em sua apresentação visual, o site abusa da cor vermelha em tom forte, o que o torna pesado. O leiaute em si é bom, somente pecando pela cor, que deveria ser mais leve.

Mudanças - Em sua funcionalidade, o site apresenta-se muito bem. A única mudança a sugerir é realmente a suavização da cor vermelha, forte e pesada.


Site 2 – Institucional
Governo do estado do Espírito Santo
Clareza
- O site é dirigido para todos os públicos, pois como é um site institucional ele deve ter uma linguagem que seja clara tanto para pessoas com nível superior, quanto para pessoas de menor nível.

Acessibilidade - O site carrega rapidamente, mas é relevante lembrar que o acesso foi feito a partir de uma conexão banda larga. Na parte superior do site tem um ícone, o qual leva o navegador até uma página que ele pode se comunicar diretamente com o administrador do site, o próprio governo.

Consistência - Os elementos gráficos auxiliam na unidade do site.

Navegação - Os links deixam claro para onde o navegador vai após clicá-lo. Os links são formados por no máximo três palavras o que facilita bem a navegação, pois simplifica ao máximo a compreensão da área para a qual o usuário está indo.

Apresentação visual - O site utiliza cores claras leves o que evita o cansaço da vista após um determinado período navegando nele. O seu layout é leve sem muitas imagens, com pouco texto e as cores de fundo auxiliam na leitura.

Mudanças - Quando o usuário vai pesquisar alguma informação, como por exemplo, algo sobre o porto e digita a palavra porto na área de pesquisa, vêm informações que não tem nada a ver com o assunto pesquisado.


Site 3 – temático
Sociedade Esportiva Palmeiras
Clareza - O site demonstra de forma indubitável seu público-alvo, com linguagem perfeita a este público.

Acessibilidade – É um site leve, com o carregamento das páginas bem rápido. O site peca no quesito de se identificar os autores dos textos, haja vista que não há tal informação.

Consistência – Os elementos gráficos são bons e dão unidade. Todavia os “submenus” abertos quando se passa o mouse no menu são de difícil leitura.

Navegação – Os links são claros e levam ao destino correto. As páginas estão bem de acordo com o conteúdo.

Apresentação visual – A cor verde, a cor oficial da Sociedade Esportiva Palmeiras é bem utilizada, em vários tons que, combinados com o branco, deixam um visual leve.

Mudanças – O único senão é o tamanho das letras das palavras contidas nos “submenus”, que dificultam a leitura. De resto, o site é bastante funcional e atende seu objetivo.

domingo, 2 de setembro de 2007

Intercom 2007 - Uma opinião

Discutir o Mercado e Comunicação na Sociedade Digital quando o tempo de utilizar alavancas foi há muito substituído pelo apertar de botões, quando a digitação tomou o lugar da datilografia, faz bastante sentido.
Colocar na mesa discussões, entre outras, sobre como obter um padrão ético que se sobrepuje à velocidade e quantidade de informações que norteiam as notícias na internet hoje em dia, indo ao ar notícias duvidosas, irrelevantes em certo ponto e até mesmo imagens montadas, como a já afamada foto de uma pessoa atirando-se do prédio da TAM em chamas, são pontos importantes nesses encontros.
Há outros itens em aberto também a serem discutidos, como a necessidade do diploma de jornalista para poder atuar como tal e a questão das Assessorias de Imprensa e Comunicação, mas o que preocupa realmente é ver o pouco engajamento e interesse dos estudantes de Comunicação - jornalismo, RP e PP - em participarem de um evento deste porte sendo feito praticamente no quintal de suas casas.
Como perder a oportunidade de ver e ouvir as grandes feras da comunicação que estão por aqui à nossa disposição, espalhando seu conhecimento? Como não aproveitar esta oportunidade de aprender muito mais do que é ensinado dentro das quatro paredes das salas de aula?
É lamentável ver alunos aproveitando o Intercom como se fosse um feriado prolongado, caído do céu, em vez de ir buscar um conhecimento ampliado, pegando para si o máximo possível de informações para crescer em uma profissão futura na qual a concorrência é forte.
Participar das atividades, ouvir as palestras, fazer parte das conversas nos bastidores, trocar idéias com professores e alunos das mais diversas áreas do Brasil afora e estrangeiros... tudo isso só faz aumentar o repertório de cada um e, reforçando o dito acima, deveria ser aproveitado o máximo possível.
Não dá - e nem é tempo - de ir jogar bola na praia!
Carlos Freire