terça-feira, 26 de maio de 2009

Ser o mesmo mesmo?

Ser você mesmo é algo muito importante, imprescindível. De nada adianta tentar imitar outros pois os pensamentos e sentimentos dificilmente serão iguais aos da pessoa imaginada.

Ser você mesmo, reconhecendo e admitindo tanto as suas falhas, suas limitações, quanto suas melhores qualidades é sinal de amadurecimento, qualidade de vida. É você tomando consciência de que só assim poderá ser alguém dentro do contexto geral do mundo em que vive.

Mas, muito importante ressaltar que ser você mesmo não significa - e nem pode - que você é sempre o mesmo.

Tudo muda, desenvolve, cresce, adapta-se, é a seleção natural apregoada por Charles Darwin, e isso muito tem a ver com nós mesmos.

Importante ter a consciência de que ser você mesmo não é igual a ser o mesmo você sempre.

O fato de que meu avô assim fazia, meu pai assim fazia e, como deu certo, eu assim faço, não é garantia de que vai continuar dando certo, é apenas garantia de continuar em uma mesmice que só vai empacar nosso negócio, nosso viver.

Um exemplo prático: seu avô não usava computador no exercício de suas funções - você usa? Até mesmo na mais simples loja de armarinhos, lá no nosso interiorzão o computador cabe, e bem.

Temos sempre de rever nosso modo de vida, modo de pensar, agir. Se somos contra uma idéia hoje, não quer dizer que não podemos admiti-la no futuro - não é ser um vira-casaca, isso é mudança de opinião pois, ao crescermos, nosso modo de pensar automaticamente muda.

É aprender e adequar-se aos novos tempos, aceitar as mudanças que são tão necessárias quanto o ar que respiramos.

sábado, 23 de maio de 2009

O Respeito ao Saber


O saber é tão relativo quanto a ética. Vejamos:
 
O que é ética? Essa resposta está diretamente ligada ao círculo em que se vive. A ética dos elementos de uma quadrilha é bem diferente daquela ética de um grupo de senhoras da sociedade - boas ou más, ambas são ética, apenas com pontos de vista diferentes.
No saber ocorre o mesmo.

Particularmente, não sou fã de Paulo Coelho, mas bem explica uma frase dele: “Não há saber mais ou saber menos: há saberes diferentes”.

 
Que saberes são esses afinal? O peso vai depender de cada situação, mas todos têm o seu peso, a sua importância.
 
Comparando, podemos tomar aquele senhor culto, que fala vários idiomas, dá palestras em faculdades e tudo o mais e, do outro lado, tomamos um caipira, aquele matuto que nunca foi à escola e sempre viveu na roça, no mato. Qual dos dois tem mais saber?
 
Sem dúvida alguma optamos pelo senhor erudito já que, pelos estudos, ele há de saber mais. Porém, imagine-se perdido no mato durante uma semana... qual deles você gostaria de ter como companhia?
 
Isso acontece em todos os segmentos, sempre há aqueles que se julgam os donos da verdade e sequer dão ouvidos aos que eles chamam de inexperientes, visto que eles já aprenderem tudo o que tinham a aprender e, então, só podem ensinar.
 
É um grande retrocesso pensar dessa maneira. A estagnação não nos faz parar, faz voltar, atrasar-nos no tempo e pode ser tarde quando percebemos o erro.
 
Portanto, o ideal é valorizarmos todos em nossa volta, não importando o quão humildes podem ser, e, principalmente, saber ouvir e aprender com isso, pois sempre podem ser abertas novas portas que nossos olhos, viciados pela conduta rotineira do dia a dia, não haviam percebido.

Descartes disse algo assim: Trocaria tudo o que sei por metade do que ignoro