sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Tirando a água do joelho

Durante quantas bebedeiras ou em um pit stop de uma longa viagem você não precisou parar para "tirar água do joelho"?

Pois é, ontem, 30 de dezembro de 2010, eu fiz um pit stop no Pronto Socorro ali do Macuco para tirar a tal da água do joelho..... literalmente.

Se você nunca viu uma ação dessas, aproveite a oportunidade e saiba que não é como "instalar um torneirinha" para a água sair... é mais um ladrão.

Tranquilo. Não dói tanto quanto parece.

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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Por que não votar no Tiririca?

Palhaço tem de votar em palhaço

Bons tempos em que Trem da Alegria era um grupo de crianças cantando e dançando...

Quem não se lembra da tremenda briga para aumentar R$ 10,00 no salário mínimo? A alegação é que não havia dinheiro para isso. Em 2011 o salário mínimo, pelo que se vê, vai de R$ 510,00 para R$ 540,00 - um aumento de quase 5,8%.

Pois é, neste que está sendo considerado um dos piores anos da política brasileira, os nossos gloriosos parlamentares, em uma votação relâmpago (no Senado durou menos de parcos cinco minutos) aprovaram um pequeno aumento para si próprios.

Os pobres coitados dos deputados e senadores, em vez dos míseros R$ 16,5 mil, passarão a receber a modesta quantia de R$ 26,7 mil mensais - um aumento de 61,8% (56% a mais que o salário mínimo). Viva o 15 de dezembro!

Eles precisavam mesmo desse pequeno aumento, haja vista que, como bem explicou o deputado Abelardo Camarinha (PSB/SP), “o deputado não tem o padrão de vida de um cidadão comum. Ele é padrinho de casamento, padrinho de formatura, ele tem despesa extra, ele tem bases eleitorais, ele tem convites... então, eu duvido quem sobreviva com um salário de 11 ou 12 mil reais”.

Interessante também ver o presidente Lula brincando com esse assunto quando reclama que este aumento só vale para o ano que vem e “para o Lulinha aqui, nada”. Tem de reclamar mesmo Lula, afinal neste trem da alegria, o presidente fica com um aumento de 133,9% - mais que o dobro dos pobres deputados e senadores.

Palmas ao PSOL, único partido a se manifestar contra, e aos senadores Marina Silva e José Neri (PSOL) e Alvaro Dias (PSDB) que também foram contra. Marina, por exemplo, acha que “o correto é que tivéssemos reajuste correspondente à inflação, como defende o PSOL” - alguém discorda disso? Eu não.

O custo de cada um

De acordo com o Jornal O Dia, somando-se os benefícios que os parlamentares já têm direito, com esse aumento, cada deputado federal custará de R$ 116 mil a R$ 131 mil por mês aos cofres públicos e um senador levará de R$ 130 mil a R$ 159 mil mensais. Isso sem computar os benefícios impossíveis de se prever como o uso ilimitado de telefonia celular e plano de saúde, além das impressões de materiais.

Quando vai nos custar

Segundo a Folha Online, apenas com o aumento dos congressistas, a previsão é de um efeito cascata de aproximadamente R$ 1,8 bilhão e nesse valor não está incluído o efeito cascata no Executivo. Neste poder, com o aumento dos salários dos ministros, presidente e vice, os governadores e prefeitos também terão uma bela fatia do bolo.

Fica a pergunta: Por que não votar no Tiririca? Enquanto formos palhaços, temos mais é que votar nos colegas mesmo.

PS.: Por favor, não convidem mais os políticos para apadrinhar formaturas e afins. Vamos tentar dar-lhes uma padrão de vida mais condizente com o nosso.

Ah sim, se me convidarem para padrinho, primeiro

vou pedir um aumento. Será que consigo?

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Pavor da figura do Papai Noel


Dezembro chegou e, com ele, o Natal.

As voltas que a vida dá são muito interessantes.

Lembro-me de certa vez, ainda criança (pirralho mesmo) e o farmacêutico foi lá em casa aplicar-me uma injeção - naquele tempo era assim, coisas que já não existem mais - e eu, apavorado pela proximidade da agulha, aquele coisa pontiaguda e gigantesca, tranquei-me no quarto.

Meu pai teve de me arrancar à força e foi a maior briga. Segura daqui, bronca dali, apertão acolá até que, enfim, aquele ser hediondo aplicou-me a injeção.

Foi tanta coisa, que nem me lembro se doeu, mas sei que chorei assim mesmo.

E hoje? Ah... é outra coisa. Só para terem uma ideia, doo sangue várias vezes ao ano (máximo de quatro, ok?), tanto que houve uma vez que a atendente foi verificar se eu poderia doar ou se já havia extrapolado os limites.

Agulhas? Nunca mais foram tão grandes como aquela. Trauma completamente vencido.

É, são as voltas que a vida dá.

Com a figura do Papai Noel não foi diferente. Eu, assim como muitas das criancinhas por este mundão afora, tinha um tremendo pavor de me aproximar de Papai Noel, quando o bom velhinho ia lá em casa então, era o maior sufoco. Onde me esconder?

Que presente que nada, aquele ser de outro mundo me apavorava. Muito estranho aquele velho todo de vermelho, longa barba branca, gorro na cabeça e no maior calorão. Chegar perto? Nem pensar.

Era o dito cujo aparecer lá em casa e estragar a festa. Meus pais, acho, acabaram desistindo, pois nunca mais vi aquela figura grotesca que só servia para assustar.

Nas lojas, na TV era outra coisa. Via-o como o bom velhinho e tudo o mais, mas, ao vivo e em cores.... JAMAIS!

Mas, são as voltas que a vida dá.

Há alguns anos, em todo Natal eu banco o Papai Noel em um determinado dia e o que vejo? Algumas criancinhas, assim como eu lá nos antigamente, chorando, esperneando e nada de querer se aproximar do velhinho aqui. E olha que sou um Papai Noel do tamanho certo, daqueles que nem precisa de enchimento na barriga.

Quando acontecem os choros, lembro-me de meu tempo de criança e tenho ainda mais paciência para a criança ver naquele bom velhinho um ser amigável, que está ali para dar-lhe um presente de Natal.

Sabe o que é engraçado? Por mais voltas que a vida dê, a fala é praticamente a mesma: "Ele é bonzinho..."; "Ele vai lhe dar um presente de Natal...". E a criança também não mudou quase nada: continua olhando com um olhar de desespero, não escuta nada e chora a valer - chegar perto? Nem pensar.

Ao menos agora, eu não choro mais. Divirto-me muito e, empiricamente, compreendo o choro das criancinhas de agora.

Mas Papai Noel é assim mesmo. Tem de estar pronto para o que der e vier e dá-lhe paciência que o Natal está chegando.