sábado, 7 de julho de 2012

Amor à primeira vista

Aliança partidaEncontraram-se em um bar. Os dois haviam acabado de fazer 18 anos e, em plena “pré-adultice”, viram-se, olhos nos olhos, amor à primeira vista.

No dia seguinte falaram-se por telefone durante mais de duas horas. Entendiam-se como se um conhecesse o outro há vários anos.

Marcaram um encontro, outro, outro e outro. Acabaram por estar juntos praticamente todos os dias, não importava a hora.

Era perfeito. Um completava o outro e aquela felicidade total de quando estavam juntos irradiava-se por todos os lados.

Nem com as sogras havia problema, pois os dois curtiam, cada um a sua e eram amados como se filhos fossem.

Passaram os anos e o amor cada vez mais enraizado. Claro que havia problemas, uma briguinha aqui e ali, ou uma discussão perdida no dia a dia, mas até esses dissabores eram legais, pois sempre terminavam em conciliação, o que era ótimo.

A paixão de cada lado era inequívoca. Não havia lugar para o ciúme já que a confiança era total e um não sabia viver sem o outro.

Com a idade amadurecendo, veio a conclusão mais que óbvia para qualquer casal que se ama, namora há tanto tempo e quer terminar seus dias embalado no colo um do outro: casamento.

Nada de pressa. Marcaram a data do noivado, o que aconteceu no mesmo bar em que se conheceram. A cerimônia ocorreu da melhor forma possível, com a presença de vários amigos, dos pais e oficiada pelo Zé Marco, o amigo que os apresentara oito anos atrás.

Aliança no quarto dedo de cada um, como manda a tradição e crendo na lenda chinesa, as idéias começaram a brotar de forma mais madura. Casamento era mesmo algo muito sério e deveria ser tratado com toda a pompa.

Ambos eram só felicidade.

Como Adalberto já morava sozinho, em um apartamento confortável e espaçoso para as crianças que viriam, optaram por morar lá mesmo, apenas adaptando-o para receber os nubentes depois do tão aguardado “sim”.

Móveis novos - do gosto dos dois -, cama king size na suíte principal, a que seria o ninho de amor do casal; sala aconchegante; cozinha toda equipada... tudo do melhor para acolher a família mais feliz do mundo.

Os dias iam passando, a data chegando e o tempo cada vez mais exíguo. Não sobrava muito para o que ainda estava por fazer, mas eles corriam e tudo ia bem.

Faltando menos de duas semanas para o grande evento, um problema inesperado atingiu os dois como uma bomba.

A briga foi feia e tudo estava por desmoronar.

Os amigos, sem saber do que se tratava, tentaram interceder... nada.

Os irmãos, também desconhecendo as razões, vieram na esperança de fazerem os dois cederem... nada.

Os pais, que também não faziam ideia do que havia acontecido, chamaram os dois para uma conversa franca... nada

As esperanças estavam perdidas. Ambos, com a cabeça mais dura que rocha, não queriam abrir mão daquele sentimento e continuavam a se estranhar.

Ninguém tinha certeza do que estava havendo. Apenas especulações e uma impotência absurda por não poder ajudar ou entender o que ocorria.

Todo o amor dos anos passados foi embora e tudo por causa de uma briga que somente eles sabiam e não queriam, por melindre talvez, contar a quem quer que fosse.

Nove anos de namoro e... Fim!

Terminaram o relacionamento às vésperas do casamento e cada um foi para o seu lado.

Eles entendiam que não dava para começar uma vida de casados quando um não queria abrir mão de um desejo para que o outro se sentisse feliz justamente na data máxima: o dia do casamento.

O motivo? Eles queriam a mesma coisa e não chegaram a um acordo e, por isso, terminou a história de amor entre Adalberto e Inácio... os dois queriam ser a noiva.

4 comentários:

Ana Karine disse...

Ah! fala sério!
Uma baita história bonita pra terminar com esse final... Que dureza!!!
Mas, uma razão para se dizer: Realmente, não existe união perfeita...nem tudo são flores!! kkkkk

Lucy Azevedo disse...

kkkk
Ainda bem que este terminou antes do altar...conheço casos que terminaram após o casório e com filhos.
Mas qdo li o título do texto, achei que vc estava se referindo ao seu amor pelo Corinthianas!

Desculpe a ousadia de escrever isto no seu blog...

Gostei do texto.

Cahe´s blog disse...

Meu amor pelo inominável timeco da marginal? De onde tirou isso minha cara?
Desde quando um PALMEIRENSE tem amor por... por... aquilo? Nóis é porrrco mais é limpinho"
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

Fernanda Cristina disse...

kkkkkkkkkk.........
Que pena que não se decidiram a tempo! Poderiam os dois serem noivas, né? Nesta era pós-Félix, tudo é possível...Muito bom!!!! kkkkkkkk