domingo, 26 de setembro de 2010

O melhor lugar

Texto adaptado a partir de uma antiga piada... por que não?





Quando vi Ana Maria pela primeira vez, fazendo compras em um dos vários shoppings da capital paulista, senti que ali estava minha alma gêmea, minha cara metade.


Sim, Ana Maria era a nora com quem minha mãe sempre sonhou.


O coração bateu forte, dando todos os alarmes e lá fui eu... à caça.


Mas, agora era diferente, era para conquistar a mulher da minha vida e não apenas uma simples aventura.


Quando pensei em jogar todo o meu charme pra cima dela, tive uma surpresa mais que agradável: a recíproca era mesmo verdadeira. Ela sentira o mesmo por mim, numa magia que até hoje não consigo entender. Obra do cupido? Haveria uma flecha cupideana separada para nós?


Não sei, só sei que nos sentamos lá na praça da alimentação e por lá ficamos. Conversando e matando nossas curiosidades até que os seguranças nos convidaram a sair, pois o shopping ia fechar.


Levei-a para casa e lá conheci meus futuros sogros e minha cunhadinha... Ah... minha cunhadinha.


Tudo foi muito rápido e em dois anos estávamos com o casamento marcado e eu, mesmo com a certeza de haver encontrado a mulher certa, mantinha a cunhadinha sempre em meus pensamentos.


Não era para menos. Desde aquela noite em que nos conhecemos, ela sempre se mostrou atrevidamente bela, sem pudores em expor seus atributos e, dentro do possível, mesmo com os pais ou Ana Maria por perto, lançava-me olhares descarados, convidando-me ao prazer carnal.


Uma tarde, sozinhos em casa, ela se jogou sobre mim, intimando-me a subir as escadas. Algo que ela fez, exibindo as coxas maravilhosas por baixo daquela minissaia que nada escondia. Lá do alto, lançou-me um olhar mais que atrevido, tirou a calcinha e jogou-a para mim.


Que fazer? Sozinhos ali? Pensei em Ana Maria, nos sogros e na cunhadinha. Dane-se. Saí correndo da casa, já com as chaves do carro nas mãos.


Surpresa ao sair. Meus sogros e Ana Maria estavam ali, no portão de entrada, com enormes sorrisos nos rostos.


O sogrão abraçou-me bem apertado e elogiou-me dizendo que agora tinha certeza de que eu era o homem certo para a filha dele, que eu era fiel, que não havia sucumbido ao teste que bolaram para se certificarem disso.


Ana Maria foi logo dizendo nunca haver acreditado que eu pudesse ser-lhe infiel, que o teste era obra do pai e assim o exigira. Que me amava etc e tal.


Abracei-a dizendo juras de amor, pois só ela importava para mim. O teste? Não tinha qualquer importância, afinal ele só provara o amor que sentia por ela.


Entramos na casa para comemorar e eu, todo feliz, em meus pensamentos somente agradecia o fato de nunca guardar camisinhas na carteira e, sim, no carro.


Que maravilha de ideia.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Quero ser criança


Nove anos apenas
Dorme... sonha..
Brinquedos, folguedos
Bonecas e amigos
.
De repente, o sol nem nasceu
E, de um sacolejão, é acordada
Que brinquedos? Que alegria?
Que nada.

É hora de roça
Mato, cana e boia fria
No sonho ficou a alegria
Para a vida...

Só uma lágrima corria
A infância está indo
Levando consigo a esperança
Deixando no ar uma pergunta

Quando poderei ser criança?