segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Um dia de dedicação

ESTE TEXTO É PARA QUEM, COMO EU, ACREDITA QUE HAJA UM PLANO ESPIRITUAL.

Chamem isso de crônica, desabafo, artigo... do que quiserem, mas, pela minha fé, preciso relatar

A Igreja Messiânica Mundial do Brasil, da qual sou membro desde 31 de outubro de 1993, promoveu o Culto aos Antepassados deste ano de 2009 nos dias 1º e 2 de novembro, com a presença de Kyosho-Sama, quarto líder espiritual (neto de Mokiti Okada - Meishu-Sama -, fundador da Igreja), que ministrou johrei em todos os presentes durante o Culto no Solo Sagrado de Guarapiranga, em São Paulo.

Para fazer uma comparação aos leigos, foi como assistir a uma missa com a presença do Papa e receber uma benção do próprio.

Mas, por que este texto aqui, agora? Vamos lá!

Há algum tempo sinto que certa negatividade anda circulando pela minha vida - vamos chamar assim para não entrar em muitos ou certos detalhes. O fato é que isso me tem atrapalhado, causando grande empecilho por mais que eu trabalhe e queira obter sucesso.

Então comecei a buscar no plano espiritual a saída para me livrar desse problema, buscando elevar meu espírito através principalmente da dedicação e do altruísmo.

E assim vi que o convite para dedicar no Solo Sagrado de Guarapiranga durante o Culto aos Antepassados era, na realidade, um atendimento ao meu clamor e, sem pestanejar ou me preocupar com os joelhos estourados por um atropelamento, aceitei.

Fui, fiquei cerca de 24 horas acordado, sendo a maioria delas em pé, dediquei no Centro Cultural - um lugar previamente escolhido pelos coordenadores, pois ali eu poderia sentar e descansar por causa dos joelhos - e passei o dia recebendo as pessoas que iam visitar o Centro, parando bem pouco para descansar.

Voltando um pouco no tempo, quando chegamos no Solo Sagrado já passava das duas horas da manhã, tomamos uma ótima sopa e a maioria voltou ao ônibus para dormir um pouco, antes da oração dos dedicantes que ocorreria somente às quatro horas da manhã.

Em vez de voltar ao ônibus, resolvi reafirmar o compromisso feito com meus antepassados para que, juntos, dedicássemos naquele dia. Fui então até a Praça dos Amores - um lugar muito gostoso que há no Solo Sagrado - e ali, de mãos dadas com meus antepassados e iluminados apenas pelo luar, teve lugar uma oração e uma conversa séria sobre o que iria ser feito naquele dia. Naquele momento ainda não sabia onde iria dedicar, mas seria feita da melhor forma possível.

Mas, sabe o que realmente chamou a atenção nisso tudo? A queda de meu Ohikari.

Mais uma vez abro parêntese para quem não sabe, simplificando: Ohikari é uma medalha que usamos para ministrar o Johrei - uma oração que purifica o espírito.

Em 16 anos de membro (completados neste 31 de outubro), nunca havia acontecido algo semelhante. Ao pegar a caixinha em cima da cômoda, acabando de me vestir para ir ao encontro do ônibus que me levaria ao Solo Sagrado, ela "voou" de minhas mãos e espatifou-se no chão - quando vi o Ohikari ali, esparramado, senti-me péssimo.

Eis o tal do negativo atuando novamente, afinal, nada explica aquele voo de minhas mãos, mas, se a intenção era mesmo abater-me.... insucesso.

Foi justamente esta queda que me fez fazer uma das melhores orações da minha vida. Empreguei tamanho sentimento nela e a fiz com tanta devoção, que isso afastou qualquer negativo que quisesse me influenciar naquela hora e me deu um ânimo muito forte para ir e dedicar durante o culto.

Fiquei recepcionando as pessoas que chegavam ao Centro Cultural, junto com meus antepassados (pela oração que fiz com eles na madrugada) e gostei muito.

Se doeram os joelhos? Sim, e como. O engraçado é que cheguei a achar que depois de ficar quase três horas sentado no ônibus de volta para Santos, eles esfriariam e seria complicado andar até em casa, que é o que normalmente acontece - ledo engano, pois sequer manquei (não sentia dor alguma).

Tchau negativo! Esta eu venci!

Este texto é também para agradecer a todos que foram usados para que eu recebesse este convite e pudesse ter esta oportunidade. E também ao casal Claudio e Rosemary, meus companheiros de dedicação no Centro Cultural que seguraram a bronca para que eu pudesse assistir ao Culto.

Muito obrigado.


3 comentários:

Marcela Souza disse...

Caro Carlos,

Leitor assíduo do nosso Copa Bafana! JAMAIS imaginei que tivéssemos este ponto em comum: a fé. Sim, sou messiânica (você já deve saber, senão não teria me recomendado este post), porém coloco minha espiritualidade e fé muito além de imposições de religiões. Acolhi a Igreja Messiânica e Meishusama em meu coração por simples afinidade de alma, não por dogmas ou paradigmas.
O que você narra ter passado nada mais é do que o que você próprio descreveu: o negativo atuando. Sempre, SEMPRE que decidimos dedicar na obra do Criador, esses incidentes acontecem. As vezes são sutis e não percebemos, as vezes nos causam até a perda da vontade de continuar, o desânimo, a descrença. E é neste momento que provamos a nossa fé e convicção de vitória sobre o que quer nos impedir.
Dores, doenças (físicas e mentais), imprevistos, preguiça, sono, compromissos inadiáveis, enfim, TUDO acontece quando você resolve dedicar. E isso não é só na Igreja Messiânica: qualquer um que queira exercitar sua fé ou ajudar o próximo, passa por situações do tipo. O ohikari voar? Normal, o meu já alçou milhares d voos. parece que lhe falta asas.
Enfim. Desculpe pelo tamanho do comentário, acho que estou também descontando toooodos os que você fez no Copa Bafana (rs, brincadeira). Mantenha-se firme em sua fé, haja o que houver, é só o que temos realmente de nosso.

Cahe´s blog disse...

Nossa relação com a Messiânica e a mesma - afinidade espiritual, nada havendo com dogmas e mandos.
Aprendi muito na IMMB, é o que mais agradeço.

Fausto Freire, via Facebook disse...

Muito bonito. Um dia de vitória para toda a vida.