Quando vi o trailer de SENNA no cinema logo pensei: tenho de assistir a este documentário.
Mas a vida dá algumas voltas que não entendemos, o tempo passou, o documentário também e eu não o vi.
As voltas continuaram e, nesta semana, o dito cujo caiu em meu colo. Um amigo estava vendendo o DVD e não me permiti deixar que passasse em branco novamente. Comprei!
Sozinho em casa, lancei mão do disco e, finalmente, comecei a assistir ao documentário, relembrando as artes e artimanhas de Senna durante os anos em que ele dominou as pistas da Fórmula 1 - para desespero dos Balestres e Prosts da vida.
Abrindo um parêntese:
Curto Fórmula 1 desde os tempos em que Emerson Fittipaldi abriu as portas desse esporte para o Brasil. Desde quando as primeiras corridas vieram, sem valer para o campeonato, e aconteceram em São Paulo, Porto Alegre (aqui com um detalhe sombrio - a morte de Giovanni Salvati durante a prova) e, se não me engano, outra em Brasília.
Era o início da década de 1970.
Desde então, acompanho - com brasileiros vencendo ou não - as corridas. Passei pelos Fittipaldis, Moco (José Carlos Pace), Nelson Piquet, Barrichello e outros que não se deram tão bem, como André Dias Ribeiro ou Ingo Hofmann, mas nenhum deles chegou perto de Ayrton Senna da Silva.
Senna fez tanta diferença que o autódromo de Silverstone, na Inglaterra, passou a ser chamado de Silvastone pelos próprios ingleses - só porque um jovem endiabrado ganhava tudo por lá... e mais um pouco.
Fecho o parêntese para voltar ao documentário.
SENNA é um documentário que se você não assistiu, assista!
Embora não faça referência a toda a trajetória de Senna, pois é contido apenas na Fórmula 1, mostra o que foi esse brasileiro e a qualidade dele como piloto (pena que era corinthiano, mas ninguém é perfeito).
Uma frase fica marcante - quando ele se refere às corridas de kart em que diz algo como "lá não havia dinheiro ou política, era só corrida", o que na Fórmula 1 é impensável; o documentário mostra isso e Mônaco é prova incontestável.
A política atuou forte na corrida em Mônaco, quando um jovem desconhecido de nome Silva estava para vencer no principado - e com um calhambeque de uma equipezinha chamada Tolemann (depois, Benetton ...). Como poderia? Claro, terminaram a corrida antes, "por causa da chuva", e o "grande" Alain Prost ganhou.
Não sou um chorão cinematográfico. Pelo que me lembro chorei apenas uma vez no cinema - quando assisti à Cor Púrpura, mas, agora, revendo as cenas do acidente e todo o desenrolar, apareceu um nó na garganta e os olhos ficaram marejados. Não, as lágrimas não escorreram, mas que emocionou, emocionou.
Neste mês de maio faz 17 anos que ele fez a pole position em sua última corrida. Como, depois de tanto tempo após aquele fatídico 1o de maio de 1994, a emoção ainda aflora? Deve ser o respeito tanto pelo esportista quanto pelo homem que foi.
Mas insisto na ideia: se você ainda não assistiu a esse documentário, não perca mais tempo.
3 comentários:
Não assisti, mas vou!
Além de ter sido o melhor foi um homem íntegro de caráter incontestável!
É, Carlão, um baita documentário mesmo.
Não sei se foi sua intenção, mas na segunda foto da postagem é o Bruno Senna, e não o Ayrton...
Tem razão Gustavo e foi pisada de bola mesmo. Quando chamei as imagens do senna do "Tio Google" apareceu o Bruno e atentei apenas para as cores do capacete e do carro e deixei detalhes como patrocinador passarem em branco. Se reparou na imagem, dava mesmo para confundir.
Já corrigido e obrigado pelo alerta.
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