Ai ai... cada vez que o via eu me transformava em um suspiro só. O coração disparava.
De repente ele, do outro lado da rua, olhou direto para mim e chamou. Atravessou a pequena distância com passos rápidos, direto em minha direção.
Meu coração não mais palpitava... andava a galope, minha respiração parou, estava toda paralisada não acreditando no que estava acontecendo.
Será que finalmente ele me notara? Passei a existir para ele?
Para vocês entenderem, eu já curtia esse menino desde os primeiros anos escolares, quando me mudei para Santos e fui estudar na mesma escola que ele.
Eu disse curtia? Sendo sincera, eu praticamente o idolatrava, era cega por ele, com aquele corpo todo definido, barriga tanquinho e cheiroso por demais.
Era ele passar perto e eu perder a respiração.
E, de repente, do nada, aquele encontro fortuito e lá estava ele vindo para mim. A cada segundo estava mais perto e o coração já dava saltos olímpicos dentro do peito, parecia querer pular para fora.
Mas... droga! Sempre tem um mas - por que inventaram essa porcaria de mas? - ele passou reto. Como assim? Não era para mim aquela chamada?
Nem quis virar a cabeça pra ver quem era. Juntando o mico do engano que estava pagando por não haver notado alguém atrás de mim, não queria ver qual era a sirigaita que o estava arrebatando, usurpando meus direitos de mulher apaixonada.
O que ela tinha e eu não?
Sem conseguir resistir, acabei olhando pra trás a tempo de ver a cena do selinho e os dois, como pombinhos apaixonados, indo embora de mãos dadas.
O pior dessa história? O meu amor estava indo embora, levando meu coração despedaçado, dando-me um adeus com um significado de nunca mais pense em mim, trocando carinhos e gentilezas com MEU PRIMO!
Um comentário:
Uma postagem atrás de outra, mas não podia deixar de publicar algo logo no dia 1/1/11. Certo?
A vocês todos, um excelente 2011, daqueles de causar inveja, e SEM DECEPÇÕES!
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