Nojento? Natureza? Hoje talvez eu até possa pensar assim, mas naquela manhã, na casa da minha tia em Moreira César (distrito de Pindamonhangaba), foi apenas diversão para aquele moleque sentado à mesa da cozinha, ao lado do fogão a lenha, vendo a cena enquanto tomava o famoso café com leite e pão com manteiga de toda manhã
Aquele foi um café da manhã que não tomei sozinho. A lagartixa me fez companhia, lá do alto, no teto de treliça. Para quem não sabe, as casas do interiorzão têm teto de treliça nas cozinhas (apenas ripas entrelaçadas através das quais dá para ver o telhado - assim a fumaça dispersa mais fácil).
Por que me lembrei disso? No domingo, 14/3/2010, à noite, na casa da Dona Lúcia, assisti à uma lagartixa dar um bote e devorar uma pequena mariposa que estava se debatendo no lado de fora do vidro da janela da sala, ao alcance daquela boca esfomeada. Não teve perdão - e nem tempo para a fuga. Que vacilo mariposinha!
Pois é, essa cena me remeteu anos atrás - e põe ano nisso, talvez, uns 44 deles - e me lembrei daquele café da manhã na divertida companhia da lagartixa.
Como perdão do trocadilho, era um barato ver aquela cena. A barata se debatia e a lagartixa ficava imóvel. A barata parava e a lagartixa “dava umas engolidas”, mandando a barata gradativamente para dentro - comparando, o bicho era grande e não dava para ser de um bocado só.
É, poderia dizer... é a mãe natureza agindo; o poder do mais forte; lei natural que o homem muitas vezes não entende... ou qualquer coisa bonita e ecologicamente correta, mas, que nada!
Era apenas um moleque, em toda a preadolescência, divertindo-se com a cena. Não sabia o que era ecologia e nem ligava para a tal da natureza.
Só sabia que não foi o dia da barata. Ela perdeu.
Um comentário:
haha, né Carlão, um dia da caça... Deve ter sido uma infância legal, essa coisa de interior, brincar na rua...vc matava passarinho com estilingue? huahua zuera! bjin
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