Desde que o homem passou a existir neste mundo, há milênios, ele sempre viveu em comunidades, nunca sozinho - salvo um ou outro eremita. E o que é comunidade, senão viver em comunhão, quando um tem de pensar no outro e o outro no um?
Deve, portanto, existir, em qualquer relacionamento, uma troca constante e espontânea, na qual todos dão e todos recebem. Pensar só em si mesmo, não se preocupando com os que estão à sua volta, é um ato falho, infelizmente muito praticado.
Normalmente tal ato é praticado por pessoas que, por agirem de forma tão natural, acabam acreditando que têm amigos e podem fazer com eles o que quiserem, desde que obtenham alguma vantagem, ignorando a reciprocidade que teoricamente deveria haver.
Tais pessoas fazem um favorzinho aqui e outro ali, apenas para compensar sua falta, e, quando precisam e não são correspondidas, agem como se o mundo acabasse. Ficam revoltadas, achando que ninguém faz nada por elas e que não seriam merecedoras de um tratamento injusto.
Difícil é fazê-las parar para pensar em como agem no seu dia a dia, fazer uma autocrítica analisando seu próprio modo de agir e se realmente teriam sido injustiçadas ou não.
Ter uma vida pró-ativa, querer subir, ter a ambição de conquistar seu espaço é bastante necessário, mas não se deve olhar somente para si, há muitas pessoas em volta de todos nós que, inclusive, podem nos ajudar nesta difícil tarefa de vencer na vida. Mas jamais devem ser usadas como degraus e sim como um forte alicerce que está ali para nos sustentar realmente.
Garantir que tenhamos esse alicerce embaixo de nós não é difícil, basta que também alicercemos o próximo, fazendo-o crescer junto conosco, pensando pró-ativamente, mas sempre dando a devida importância ao conjunto, afinal, sozinho, ninguém faz nada.
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